Total de visualizações de página

terça-feira, 3 de maio de 2011

ASSALARIADOS SEM GRAÇA - Parte 1 de 4

("Pois o Reino dos céus é como um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para sua vinha. Ele combinou pagar-lhes um denário pelo dia e mandou-os para a sua vinha” - Mateus 20: 1 e 2)


Introdução

            O trecho das Escrituras que pretendemos analisar não se limita aos versículos em destaque, mas abrange os 16 primeiros versículos do capítulo 20 do evangelho de Mateus. Esse texto é identificado como “A Parábola dos Trabalhadores”, e o enfoque da graça é evidente nessa passagem, como de resto em todas as parábolas que tratam do reino de Deus.
            Aqui, temos duas espécies de trabalhadores: os assalariados e os agraciados. Não obstante todos terem sido contratados, o que distingue os primeiros dos últimos é que estes receberam o salário por graça, não como dívida, não pelo esforço do seu trabalho, que em comparação com o trabalho dos primeiros (sob a ótica humana, é claro) apresenta-se sem nenhuma expressão.
            A parábola em comento retrata a seguinte situação: de manhã cedo o proprietário da vinha contratou trabalhadores com os quais acertou o pagamento de 1 (um) denário pelo dia de trabalho (vers. 1 e 2). Às 9 horas da manhã, o proprietário contratou outros trabalhadores, e prometeu-lhes pagar o que seria justo (vers. 3 e 4). Ao meio-dia, às 3 horas, e às 5 horas da tarde, o mesmo aconteceu, tendo sido acrescentados outros trabalhadores à vinha por ordem de seu dono (vers. 5 a 7). Ao cair da tarde, relata a parábola a partir do verso 8, o dono da vinha disse ao seu administrador para convocar os trabalhadores e pagar-lhes o salário, começando dos últimos até os primeiros. Lê-se, ainda, que todos receberam 1 (um) denário, inclusive os que por tal salário haviam sido contratados (vers. 9 e 10). O problema começou exatamente aí, porque estes trabalhadores esperavam receber mais do que os outros. A justiça própria dos assalariados, que foram pagos por dívida e não por graça, mostra sua face: “Estes homens contratados por último trabalharam apenas uma hora, e o senhor os igualou a nós, que suportamos o peso do trabalho e o calor do dia” (vers. 12).
            Nota-se na insurgência, na inconfidência desses trabalhadores que os mesmos não conheciam o significado da palavra “graça”, razão pela qual não podiam entender a atitude do seu patrão. O que eles conheciam era a lei e a justiça no plano terreno e humano. Eles conheciam a sua própria justiça, não aquela “estranha” justiça manifestada na atitude para eles inusitada do dono da vinha. Por tal motivo, este foi enfático em sua explicação: “Amigo, não estou sendo injusto com você. Você não concordou em trabalhar por um denário? Receba o que é seu e vá. Eu quero dar ao que foi contratado por último o mesmo que lhe dei. Não tenho o direito de fazer o que quero com o meu dinheiro? Ou você está com inveja porque sou generoso?” (vers. 13 a 15).

__________
CONTINUA...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para comentar, questionar, criticar, sinta-se à vontade!