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segunda-feira, 9 de maio de 2011

CRISTO E A IGREJA: UM CASAMENTO MISTERIOSO - Parte 1 de 6

("Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja"Efésios 5: 31 e 32)


         Há grande mistério envolvendo o processo de criação do universo e de formação da vida humana. A ciência ainda não conseguiu explicá-lo de maneira convincente e completa; talvez nunca poderá fazê-lo. Algumas coisas só poderão ser conhecidas por completo na eternidade. Como diria Paulo, "agora vemos em espelho, de maneira obscura; então veremos face a face" (I Coríntios 13:12). Certamente, os mistérios de um Deus infinito não são completamente alcançados enquanto estamos confinados neste corpo e nesta dimensão material. Os mistérios do amor e da soberania divinos, portanto, não são muito facilmente compreendidos ou mesmo assimilados, o que levou Paulo a exclamar: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente" (Romanos 11: 33 a 36).
         Apesar de não podermos entender todos os mistérios do universo e desse Deus Todo-Poderoso, é importante ressaltar que a grandeza, o poder e a soberania de Deus não O tornam indiferente e inacessível. Isso porque Ele se compraz em revelar mistérios, e através dessas revelações se faz conhecido. O profeta Daniel já dizia: "Mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios (...)" (Daniel 2: 28-a). O grande e temido rei do império babilônico, Nabucodonosor, reconhecendo o poder desse Deus soberano, dá o seguinte testemunho ao profeta Daniel: "Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e Senhor dos reis, e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério" (Daniel 2:47).
         Como dissemos, Deus tem revelado mistérios ao homem com o propósito de se tornar conhecido e de tornar conhecidos o Seu poder e a Sua glória. Tal revelação opera o quebrantamento no coração do homem. No caso de Nabucodonosor, o seu testemunho, antes referido, não passou de persuasão intelectual, não veio do seu coração, tanto que logo em seguida, no capítulo 3 de Daniel, ele mandou confeccionar uma estátua de ouro, com a sua imagem, para que todos a adorassem. Onde foi parar o reconhecimento de Deus como Senhor dos reis? Desvaneceu-se. A conseqüência: Daniel revela: "Mas quando o seu coração se exaltou, e o seu espírito se endureceu em soberba, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória, foi tirado dentre os filhos dos homens, e o seu coração foi feito semelhante ao dos animais; a sua morada foi com os jumentos selvagens, e fizeram-no comer erva como os bois; e pelo orvalho do céu foi molhado o seu corpo, até que conheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens, e a quem quer constitui sobre eles". (Daniel 5: 20 e 21).
         Deus não revela mistérios para ser reconhecido como revelador de mistérios, mas, sim, para ser conhecido como único Deus, Todo-Poderoso, soberano, Deus de toda a graça, Deus de toda a glória, galardoador de todas as coisas. Para tanto, Ele não apenas enviou o Seu Filho, na qualidade de Ungido, mas também revelou o mistério que esteve oculto por séculos e gerações: Cristo em nós.
         Com efeito, "o mistério que esteve oculto durante séculos e gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos. A eles Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória. A ele anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos a todo homem perfeito em Cristo" (Colossenses 1: 26 a 28).
         Cristo em nós é o mistério que nos foi revelado. A nós, que éramos considerados gentios, incircuncisos, pecadores. E nos foi revelado para a nossa redenção, perdão, libertação dos pecados, salvação pela fé que nos é dada na obra do Cordeiro de Deus, a fim de que, em última análise, conheçamos a Deus e nos voltemos para Ele.
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CONTINUA...

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