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quarta-feira, 25 de maio de 2011

A GLÓRIA DA SANTIFICAÇÃO - Parte 1 de 4


("Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém" - Romanos 11:36)

            Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo representam um ser único, absoluto, infinito e ilimitado. Sua onisciência, onipresença e soberania são atributos que extrapolam a capacidade de compreensão de nossa mente humana finita, limitada e, com o perdão da expressão, estúpida. A revelação do Espírito Santo é imprescindível no mister de entendermos um pouco que seja da grandeza daquele que nem os altos céus podem conter. Ninguém conhece os pensamentos de Deus, senão o Espírito de Deus, o qual por graça vem regenerar o ser humano morto, condenado, caído e escravizado pelo pecado. Uma vez regenerado, o homem passa a entender, ainda por revelação da Palavra e do Espírito, um pouco da realidade de Deus, pois afinal ele se torna participante da natureza divina.
            Nessa condição, passamos a aprender na experiência cotidiana a enorme distância entre a santidade de Deus e a perversidade da natureza humana. O pecado fez estragos profundos no ser humano. Ele é o motivo do caráter rude da cruz. Se o representante primeiro da raça humana tivesse livre e espontaneamente procurado partilhar da natureza divina, alimentando-se da árvore da vida, ao invés de buscar a "grandeza" da árvore do conhecimento do bem e do mal, a cruz não teria sido tão cruel nem para Jesus nem para o próprio homem. O projeto de Deus para a humanidade sempre foi a cruz. Bem por isso, Cristo é o Cordeiro que foi imolado antes da fundação do mundo. "Façamos o homem à nossa imagem e conforme à nossa semelhança" foi a conclusão do "concílio da trindade". Tal decisão não foi revogada com a queda do homem, e nem havia sido implementada inteiramente antes dela. Adão e Eva foram feitos à imagem de Deus apenas (Gênesis 1:27), e tal imagem foi perdida na queda, tendo Adão transmitido aos seus descendentes tanto sua imagem quanto sua semelhança de pecador (Gênesis 5:3). A imagem e semelhança de Deus só podem ser obtidas em Cristo, este sim a "imagem do Deus invisível" em quem habita "toda a plenitude da divindade" (Colossenses 1: 15 e 19).
            A cruz, portanto, não foi um incidente na história. Ela faz parte dos planos eternos da divindade. Ela é a própria essência do caráter de Deus. A semelhança de Deus não poderia ser partilhada com o homem sem a cruz. A queda do homem, antes que ele participasse da natureza de seu Criador, só veio revelar ao próprio homem o caráter rude daquela cruz, pois a obediência, a submissão e a humildade tornaram-se coisas tão absurdas quanto inatingíveis ao pecador. Assim, ainda que não pecasse, Adão teria de partilhar da cruz, mas certamente a operação não seria tão traumática, nem para o Deus Filho nem para os filhos que Ele teve de redimir pela manifestação desse sacrifício no tempo da história.
            A cruz sempre foi a posição proposta para o homem. Adão não entendeu o propósito divino, tendo escolhido em lugar da obediência a auto-suficiência. Essa é a marca do pecado: a independência de Deus, que gera inevitavelmente a separação de Deus (morte espiritual). O propósito de Deus, todavia, continuou firme, porquanto não poderia ser abalado por nenhum acontecimento da história. A queda do homem, conquanto lamentável, fez surgir o caráter redentivo da cruz, o qual certamente fazia parte dos planos de Deus, do contrário ele não teria criado um ser dotado de livre-arbítrio; seria mais fácil criar robôs. É certo que com o pecado o homem perdeu a liberdade de escolher obedecer ou não a Deus: a escolha entre o bem e o mal. Com efeito, o pecador só é livre para pecar. Esta passou a ser a característica de sua natureza: a escravidão do pecado. Portanto, tudo o que diz respeito à salvação desse ser desgraçado pelas conseqüências do pecado depende unicamente de Deus.
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CONTINUA...
 

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