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terça-feira, 18 de junho de 2013

O DEUS QUE VIVIFICA OS MORTOS - Parte 4


            O espírito morto do homem não pode conviver com o Espírito Santo. Isto significa que o homem não pode ser morto e vivo ao mesmo tempo (lembrando: “não se põe remendo novo em pano velho, nem vinho novo em odres velhos). Assim, o espírito morto tem de ser destruído, o que foi realizado na cruz do calvário. Cristo atraiu o espírito morto do homem na cruz, destruio-o, e formou um novo espírito na Sua ressurreição. O Espírito que ressuscitou a Cristo dentre os mortos deu vida a esse espírito antes morto, de sorte que podemos dizer que morremos com Cristo e ressuscitamos com Ele, isto é, meu espírito antes morto em Adão foi sepultado em Cristo para adquirir vida: a vida de Cristo. E isso tudo foi obra lá do calvário, obra da graça do Deus que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade. Jesus deixou claro que o que se semeia não nasce se primeiro não morrer. A semente só germina depois que morre. Assim, não há novo nascimento sem morte. Para que o homem natural nasça do Espírito e da Palavra, o seu espírito precisa morrer para a própria morte que lhe era característica. E é a própria Palavra que se manifesta trazendo-nos o conhecimento de que o nosso velho homem foi com Cristo crucificado para que não sirvamos mais ao pecado como escravos. O Espírito age em uma relação simbiótica com a Palavra, dando-nos a experiência, fazendo-nos considerar que, pela obra do calvário, já estamos mortos para o pecado, mas vivos para Deus EM Cristo Jesus (Romanos 6: 6 e 11). Aquele que está EM Cristo é nova criatura (II Coríntios 5:17). Como sabemos que estamos EM Cristo e Ele em nós? Pelo Espírito Santo que nos foi dado (I João 4:13).
            Ouso indagar: você já tem o Espírito de Cristo, o Espírito Santo em você? Você já nasceu de novo; o seu espírito já foi regenerado? Você é túmulo de seu espírito morto, ou santuário do Espírito Santo? Cristo é a sua vida? Quem vive: o "eu" ou Cristo? Você já foi crucificado com Cristo? Em verdade, seu espírito morto já foi unido com Ele em Sua morte e ressuscitado em novidade de vida na Sua ressurreição. Mas você crê nisso? Se não crê, é porque ainda não nasceu de novo. Se não nasceu de novo, permanece morto. Pior do que ser um morto espiritual agora, é ser um morto espiritual eternamente. Você quer passar a eternidade gozando da vida, que é Cristo, ou amargando a morte de Sua ausência, isto é, a separação eterna de Deus?
            Clame pelo novo nascimento, sem o qual você nem verá nem entrará no Reino de Deus. Peça misericórdia, se ainda não a alcançou, porque Deus já estabeleceu um dia em que há de julgar a humanidade, e o julgamento que pesa sobre o pecador é morte. Você quer morrer para o pecado, e viver para Deus, ou prefere continuar eternamente morto em pecado? Pela Palavra aqui anunciada o mesmo Espírito que ressuscitou a Lázaro de entre os mortos (uma figura da obra que seria realizada no calvário), está dizendo: "DESPERTA, Ó TU QUE DORMES; LEVANTA-TE DENTRE OS MORTOS E CRISTO RESPLANDECERÁ SOBRE TI" (Efésios 5:14). A quem for dado "ouvidos para ouvir", ouça! A quem for dado "olhos para ver", creia! A mim, só me resta clamar: dá vida, ó Pai, a todos os mortos espirituais que tiverem a oportunidade de ler essa Palavra!.
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segunda-feira, 17 de junho de 2013

O DEUS QUE VIVIFICA OS MORTOS - Parte 3



            Todos nós morremos em Adão. O pecado entrou no mundo por ele, e por ele mesmo foi transmitido a todos os homens: Romanos 3: 23; Romanos 5: 12 a 14; Romanos 6:23. O homem natural, portanto, está morto em pecado, ou por causa do pecado, à semelhança de seu ancestral mais remoto. O espírito humano não dá sinal de vida. Ele só tem, na verdade, a existência. Vida, em essência, ele não tem. A alma vive, e o fôlego anímico com o qual é gerado o homem é que o mantém vivo. Ele é alma vivente, assim como Adão, e o seu espírito está morto, assim como o de Adão depois da queda.
            J. C. RYLE, a propósito, escreveu: "Só vive quem vive para Deus. Os demais estão todos mortos. Isso explica por que o pecado não é sentido, os sermões não são cridos, os bons conselhos não são seguidos, o Evangelho não é abraçado, o mundo não é abandonado, a cruz não é tomada, a vontade própria não é mortificada, maus hábitos não são deixados, a Bíblia é raramente lida e os joelhos jamais se dobram em oração. Por que vemos isso por todos os lados? A resposta é simples - os homens estão mortos. Todos os que professam ser cristãos devem examinar-se e averiguar qual a sua situação. Os mortos não estão apenas nos cemitérios; há mortos demais dentro de nossas igrejas, próximos dos nossos púlpitos, sentados nos bancos de nossas igrejas. A terra está como o vale da visão de Ezequiel, "cheio de ossos secos" (Ez. 37.2). Há almas mortas nas nossas igrejas e em todas as nossas ruas. Quase não existem famílias em que todos vivam para Deus, quase não há casa em que não exista algum morto. Vamos olhar para os nossos lares! Vamos examinar nossas próprias vidas. Estamos vivos ou mortos?" ("Vivo ou Morto?", Ed. Fiel, p. 4/5).
             Jesus deixa clara a idéia de que o homem natural é um morto espiritual, ao declarar: "Deixai os mortos enterrarem seus mortos" (Mateus 8: 21 e 22; Lucas 9: 59 e 60). Paulo constantemente retratava o homem natural, aquele que ainda não foi regenerado, como um morto: Efésios 2: 1 a 5. O que significa estar morto? morte significa "separação". O espírito do homem, cuja vida foi dada pelo próprio Deus, e que o permitia ter relacionamento com Deus, participar da realidade espiritual e estar em Sua presença, agora, depois que Adão pecou, está morto, destituído da glória de Deus e privado de Seu relacionamento. Se a morte física, a morte do corpo, é a separação do "mundo dos viventes", a morte espiritual é a separação do mundo espiritual, da glória de Deus.
            Como esse espírito morto pode obter vida? Só através do novo nascimento: "O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do Espírito, é espírito" (João 3:6). Note-se que o novo nascimento é um nascimento da Palavra e do Espírito (João 3:5 - "água" é um tipo da Palavra de Deus. Isso fica bem claro nos seguintes textos: Efésios 5: 25 e 26; Tito 3: 5 e 6 (Cristo é a Palavra; Palavra e Espírito são parceiros na vivificação do ser morto, conforme lemos no texto de Ezequiel 37); I Coríntios 6:11; João 4: 13 e 14 (a "água viva" é a Palavra de Deus. A Palavra se torna em nós uma fonte abundante da própria Palavra). Cristo é revelado na Palavra como a própria vida. Ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente" (João 11:25). Em outra passagem: "Eu sou o caminho a verdade e a vida" (João 14:6). Em João 6: 63, Ele testifica: "O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida". Quem é a Palavra? Cristo. Quem enviou a Palavra? Deus. Quem envia o Espírito? Deus. O que o Espírito faz? dá a vida de Cristo, e passa a revelar Cristo na vida do regenerado, que de sepultura de um espírito morto, passa a ser santuário do Espírito Santo. A vida de Cristo é mantida em nós pelo Espírito de Cristo. O Espírito Santo tem, pois, papel imprescindível na regeneração e na santificação. Somos santificados pela verdade, que é a Palavra de Deus; o próprio Cristo. Cristo é a Palavra, a Verdade, e a Vida eterna. Sem a vida de Cristo, portanto, o que resta é a morte eterna. Como vimos no início desta meditação, a morte eterna é conseqüência da ausência da vida eterna, que é Cristo.
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CONTINUA...



sábado, 15 de junho de 2013

O DEUS QUE VIVIFICA OS MORTOS - Parte 2



            O ser humano não consegue criar nada. ANTOINE LAVOISIER, o filósofo, químico e matemático, foi feliz e sincero ao concluir: "No universo, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Entre os operadores do Direito, esse postulado é parafraseado ironicamente assim: "Em Direito, nada se cria, nada se perde, tudo se copia". Os mais "experimentados" dizem (com toda a razão) que a "cópia" é a 6a. fonte do Direito. Em obséquio à sinceridade, é inevitável concluir que o homem nada pode criar; ele só consegue transformar. Deus é o único que consegue criar do nada; e o que é mais espantoso: criar simplesmente pela Palavra. Como está escrito em Ezequiel: "Eu falei, e fiz".
            No Gênesis, não foi diferente. Verifiquemos o primeiro capítulo do primeiro livro da Bíblia, e descobriremos que o mundo inteiro foi criado tão somente pela ordem divina: Gênesis 1:3 - "Disse Deus: "Haja Luz". E houve luz". Nos versículos seguintes, até o versículo 25, verifica-se que tudo foi criado simplesmente pela Palavra. "Disse Deus" é a frase que aparece em todos os versículos que falam da criação do mundo. Quando chegou no homem, "Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança" (versículo 26-a). No versículo 27, a Palavra revela que o homem foi "criado" apenas à imagem de Deus. Cabe indagar: 1o.) Se criar é formar do nada, o homem foi criado? A rigor, não. No texto que lemos inicialmente, observa-se que o Senhor Deus formou o homem do pó da terra. Então, a primeira conclusão a que chegamos é que o "homem vermelho", Adão, foi inicialmente formado. Como já dissemos alhures, Deus cria e sustenta todas as coisas pelo poder de Sua Palavra. 2°.) Adão foi criado pela Palavra? Não! Deus levantou o molde do pó, e depois soprou nas narinas daquele molde humano o fôlego "das vidas" (esse é o sentido do original em hebraico). Deus soprou o fôlego não apenas da alma humana, mas também do espírito. O homem obteve ali a alma (grego "psiqué") e espírito (grego "zoé). O homem é "pó alevantado", é "pó em pé". O pó recebeu o fôlego anímico da alma e a vida do seu espírito em uma única soprada divina. Passou então a ser alma vivente, ou ser vivente.
            Convém lembrar que a Palavra de Deus revela o homem como um ser tricotômico, o que implica dizer ser ele dotado de 3 partes: CORPO, ALMA E ESPÍRITO. As ciências que estudam o ser humano, tais como antropologia, psicologia, medicina, biologia, e também a teologia, que estuda as doutrinas da divindade à luz da razão humana, todas elas não consideram essa tripartição do ser humano. Todavia, a Palavra de Deus revela que o homem é assim composto, como se pode ver em Hebreus  4:12 e I Tessalonicenses 5: 23 e 24. Quando Deus formou Adão do pó, deu-lhe, no ato de soprar em suas narinas, não apenas a vida da alma, mas a vida do espírito. O homem tem espírito? tem. Leia-se I Coríntios 2: 11 a 12. Outra evidência que o homem tem alma e espírito, é que Deus disse, em Gênesis 2: 16 e 17, que se Adão comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal ele morreria. Que morte seria essa? do corpo? Ora, se fosse do corpo, Adão teria sido fulminado instantaneamente, e não teria vivido 930 anos. Quem morreu, então? O espírito do homem morreu. Adão passou a ser um cemitério espiritual. Carregava dentro de si um espírito morto. Seu corpo e sua alma passaram a ser um jazigo de seu espírito abatido pelo pecado. Essa sua natureza de morto espiritual, escravo do pecado que passou a ser parte de sua constituição, ele transmitiu aos seus descendentes. Gênesis 5:3 diz que Sete foi gerado à imagem e semelhança de Adão. Não apenas Sete, mas Caim e Abel da mesma maneira. É que em Sete foi chamada a descendência de Adão, eis porque apenas ele foi mencionado. 
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CONTINUA...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O DEUS QUE VIVIFICA OS MORTOS - Parte 1

"Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente" - Gênesis 2:7; "Como está escrito: "Eu o constitui pai de muitas nações". Ele (Abraão) é nosso pai aos olhos de Deus, em quem creu, o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem, como se existissem"- Romanos 4:17; "Por isso, profetize e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei vocês de volta à terra de Israel. E quando eu abrir os seus túmulos e os fizer sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor. Porei o meu Espírito em vocês e vocês viverão, e eu os estabelecerei em sua própria terra. Então vocês saberão que eu, o Senhor, falei, e fiz. Palavra do Senhor" - Ezequiel 37:12 a 14 

            O tema central desses 3 versículos é VIDA. O antagônico de vida é MORTE, e esta idéia também se faz presente nas passagens indicadas, notadamente nas duas últimas. Os opostos podem ser encontrados em vários trechos das Escrituras. Deus escolheu trabalhar com antagonismos porque podemos entender melhor os conceitos absolutos quando em contraste. Assim, vida está para morte como luz está para trevas, e a verdade, para a mentira. Vida, luz e verdade são conceitos absolutos e autosuficientes. Eles não precisam de nada para lhes manter, nem carecem de ajuda para se fazerem entender. Nada obstante, se o homem não conhecesse a morte, ele não saberia o que é vida; se não houvesse trevas, ele não entenderia a importância da luz. Se a mentira não se fizesse presente, como ele saberia o que é verdade? Desses três conceitos absolutos convém ressaltar que os seus opostos são conceitos relativos porque eles só existem como uma negação ou como a expressão da ausência daqueles. A morte é a ausência da vida, assim como trevas é a ausência de luz, e mentira é a ausência de verdade. Não pode haver meia-vida, nem meia-luz, nem meia-verdade. Havendo um mínimo sinal de vida, não se poderá falar em morte. Por mais densa que sejam as trevas, uma centelha de luz facilmente as dissipa. A mentira deixa de existir quando se profere a verdade. Alguém já disse que a pior mentira é aquela que mais se assemelha à verdade. De fato. Mas havendo verdade, a pior mentira é imediatamente desfeita.
            Tudo isso é para começarmos a refletir sobre morte, e sobre o maior milagre que pode existir: a ressurreição de um morto. Surgir da morte em manifestação inequívoca de vida é uma coisa grandiosa e maravilhosa. Dentre todos os milagres realizados por Jesus na terra, a ressurreição de mortos foi o maior deles. Trata-se de uma figura perfeita da obra de ressurreição do ser espiritualmente morto. Como Deus faz isso? Tão somente pelo poder de Sua Palavra! Os textos em epígrafe revelam que Deus age por meio da Palavra. No texto de Romanos vemos que Deus "chama à existência coisas que não existem, como se já existissem". No de Ezequiel, que fala justamente de ressurreição de mortos, Deus conclui: "Eu, o Senhor, falei e fiz".
            O Deus criador dos céus e da terra, o "Eu Sou", todo-poderoso, onipotente, onipresente, onisciente, soberano e eterno, é o Deus da Palavra. Isso não significa tanto que Ele é o Deus que se revelou pela Palavra, mas sim que Ele é o Deus que cria as coisas que não existem, que manifesta o Seu poder, através de Sua Palavra (vide Hebreus 1:3). Deus cria e sustenta todas as coisas por Sua Palavra poderosa, ou pelo poder de Sua Palavra.
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CONTINUA...