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terça-feira, 10 de maio de 2011

CRISTO E A IGREJA: UM CASAMENTO MISTERIOSO - Parte 2 de 6

         Paulo insistia em anunciar a Cristo e em admoestar em sabedoria a todo homem, para apresentá-los perfeitos em Cristo. A nossa perfeição, de fato, só é possível em Cristo. Em I Coríntios 1: 30 e 31, está escrito: "Mas vós sois dele (de Deus) em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor". Logo, sabedoria, justiça, santificação e redenção só adquirimos se e quando estivermos em Cristo.
         Em Colossenses 2: 2 e 3, lemos: "Combato para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus - Cristo, em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Em Colossenses 1: 15 a 23, trecho que merece ser lido em sua inteireza, encontramos as seguintes verdades que merecem destaque: "Pois foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse" (vers. 19); "Agora, contudo, vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" (vers. 22).
         Disso concluímos que em Cristo habita toda a plenitude da divindade. NEle estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. NEle alcançamos sabedoria, justiça, santificação e redenção. NEle obtivemos a reconciliação com o Pai, a fim de, perante Ele mesmo, estarmos na condição de santos, irrepreensíveis e inculpáveis. Todavia, a reconciliação só é possível no corpo da carne de Cristo, pela Sua morte: "Mas agora em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegaste perto. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um, e destruiu a parede de separação, a barreira de inimizade que estava no meio, desfazendo na sua carne a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois (judeus e gentios) um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, matando com ela a inimizade" (Efésios 2: 13 a 16).
         Aqui vemos o grande mistério da união de Cristo com a Sua Igreja; de ambos os povos (judeus e gentios) com Cristo. Na cruz o velho homem é destruído para que o novo homem seja construído, agora à imagem daquele que o criou, a saber, à imagem de Cristo. Este novo homem é feito membro da Igreja de Cristo e cidadão dos céus. Como disse Paulo: "Aqui não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre, mas Cristo é tudo em todos" (Colossenses 3: 11).
         Na cruz Cristo realiza a obra que foi do agrado do Pai, de fazer convergir nEle (o amado de Deus) todas as coisas e ambos os povos. Cristo, por sua vez, cumpriu o desiderato divino pela glória que lhe estava proposta, a fim de adquirir a "noiva", santificá-la, purificá-la pela Palavra, e apresentá-la a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (vide Efésios 5: 25 a 27).
         Como Oséias amou a prostituta Gômer (Oséias, capítulos 1 e 3), Cristo amou a Igreja. A operação de Deus na vida do profeta Oséias foi uma ilustração profética do que seria a graça dEle em relação aos Seus escolhidos que fariam parte da "Eleita". Assim como Cristo amou a Igreja, dizia Paulo, "devem os maridos amar as suas próprias mulheres" (Efésios 5: 28). "Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo, afinal nunca ninguém odiou a sua própria carne, antes a alimenta e a sustenta, como o Senhor à igreja; pois somos membros do seu corpo. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne" (Efésios 5: 29 a 31).
         O apóstolo Paulo fala de um grande mistério, referindo-se a Cristo e à Igreja, tendo por parâmetro o relacionamento matrimonial entre homem e mulher. Por que é grande o mistério? Porque se trata de uma união espiritual e eterna na cruz; não de uma união carnal, visível, palpável, finita no tempo e no espaço. Na cruz, de fato, somos atraídos a Cristo (João 12: 32 e 33) e nos tornamos um com Ele. A obra já foi feita, e dela nos tornamos participantes pela fé que nos é dada. Na oração sacerdotal, que muitos admiram e citam, mas poucos entendem, Jesus deixa claro: " Eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste como também amaste a mim " (João 17:23).
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CONTINUA...

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