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terça-feira, 17 de maio de 2011

A CULPA É DOS CONDENADOS - Parte 2 de 4

            Na revista VEJA, edição de 31 de julho de 2002, encontramos uma reportagem de capa com o seguinte título: “CULPA: POR QUE ESSE SENTIMENTO SE TORNOU UM DOS TORMENTOS DA VIDA MODERNA”. Os autores da matéria procuram fazer uma análise bem abrangente do tema, mas por vezes lançam mais confusão do que luz à questão. Isso se dá por um indisfarçável desconhecimento da Palavra de Deus, chegando ao cúmulo de confundirem-na com a tradição judaico-cristã, e de tratar a história do pecado (originado em Adão e Eva) como parábola. Nada obstante, os jornalistas responsáveis trazem algumas idéias interessantes sobre a problemática da culpa, dentre as quais queremos destacar as seguintes:
1a.) “Nos dias de hoje, ninguém, exceto aqueles com personalidade psicopática, está livre do sentimento de culpa”;
2a.) “O fato de sabermos que somos finitos faz com que a questão da escolha seja fundamental. E, nesse processo, o indivíduo deixa alguma oportunidade para trás. Isso pode gerar muita culpa”;
3a.) “O remorso que gera impotência e sofrimento é o principal sintoma da culpa. Trata-se de uma das sensações mais insuportáveis que o ser humano pode vivenciar”;
4a.) “A incapacidade de aceitar as próprias falhas também gera culpa. Ela é de tal forma uma tortura que a pessoa tende a jogar a responsabilidade pelo erro sobre alguém à mão, um colega, o chefe, o subordinado”;
5a.) “Acredite: a culpa é parte essencial da natureza humana”;
6a.) “A culpa ultrapassa os limites da normalidade e torna-se uma doença quando as lembranças do que se fez, ou ainda do que se poderia ter feito, ficam remoendo incessantemente os pensamentos. É uma espécie de tortura mental”;
7a.) “Quando ultrapassa os limites e se torna exagerada, a culpa é devastadora. Mantém o indivíduo amarrado ao passado, corrói a qualidade de vida do presente e o impede de fazer planos e se lançar no futuro”;
8a.) “Não há remédio comprovado para o sentimento de culpa, e isso é o que o torna um dos problemas de tratamento mais difícil nos consultórios médicos. No máximo, consegue-se aliviar seus efeitos”;
9a.) “Em algumas situações, o terapeuta cumpre a função de padre e ouve a confissão da pessoa. Mas ele não age como um representante divino e não pode oferecer graça nem perdão” (sobre essa última idéia, diga-se: nem o terapeuta, nem o padre o podem; só Deus).
            A leitura do tema fez-me refletir sobre esse grande mal que aflige a humanidade desde que o pecado entrou no mundo. Não se trata de um problema da modernidade, como quiseram fazer crer os seus autores. A culpa existe desde que o pecado foi introduzido na história da humanidade. AUGUSTUS STRONG assevera: “A culpa relaciona-se com o pecado da mesma forma como o lugar queimado relaciona-se com a labareda”. Pecado é iniqüidade. Eis porque Jesus declarou certa feita que o aumento da iniqüidade inibiria o amor de muitos. Nada mais lógico, pois a natureza iníqua é inimiga do amor. E não havendo amor, não haverá graça; não havendo graça, não haverá perdão; não havendo perdão, a culpa prevalecerá. A iniqüidade é a própria expressão do pecado, sendo este a natureza pecaminosa inoculada por satanás em Adão, e transmitida a partir deste a todos os homens (Romanos 5:12). É por essa razão que, mesmo sem sabê-lo, concluíram os autores do artigo supra citado: “a culpa é parte essencial da natureza humana”.
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CONTINUA...

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