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sexta-feira, 6 de maio de 2011

ASSALARIADOS SEM GRAÇA - Parte 4 de 4


O Salário Que Foi Pago


            Em Romanos 6:23 lemos: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Qual o salário que eu merecia, cumprindo ou não a lei? A morte, já que nasci em pecado (Salmos 51:5). O salário que Cristo pagou por nós e para nós foi a morte em Seu corpo. Paulo declara em Colossenses 2: 13 a 15: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”. Merecedores que éramos da morte, só podíamos e só podemos ser salvos pela graça. O dom gratuito de Deus é Cristo, é a vida eterna nEle, a qual passa a ser nossa quando Cristo é a nossa vida, afinal Ele mesmo é que é a vida eterna (I João 5:20).


            Se quisermos exigir de Deus algo além da morte Ele não nos dará. Esse é o nosso salário; é o que efetivamente merecemos. Os trabalhadores sem graça queriam mais. Pensavam eles que por terem trabalhado mais que os outros, deveriam receber um salário diferenciado, mas a justiça foi feita, pois afinal o salário que foi contratado efetivamente foi pago. Trazendo para a realidade espiritual, ou recebemos a morte em Cristo por graça, ou recebemos a morte em pecado por dívida. A morte, em ambos os casos, é o que Deus nos deve; é o salário do nosso pecado. Eis porque todos os trabalhadores receberam 1 (um) denário na parábola em comento. A boa nova é que mortos em Cristo temos vida nEle, a saber, a vida dEle em nós, que é uma vida abundante e eterna.


            GERSON GONÇALVES, a propósito, pontuou: “Aquele Senhor da vinha, Jesus Cristo, ao entardecer de um dia pagou um salário que não devia. Era o salário do pecado, porque o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23-a). Ele cumpriu um decreto de Deus que dizia: A alma que pecar, essa morrerá; e todos pecaram e carecem da glória de Deus (Ezequiel 18:20-a e Romanos 3:23). Esse é o salário que a humanidade merece, todos, indistintamente. No relógio do tempo não se conta a data da chegada a este mundo, nem mesmo o país, o salário será sempre o mesmo – a morte eterna. Jesus foi colocado numa cruz e na sua morte satisfez a justiça de Deus; nos incluiu naquela morte, matando nossa velha natureza e, na sua ressurreição, nos deu sua vida. Somos agora uma nova criação. Tudo isso foi feito por sua graça e generosidade: Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna (Tito 3: 5 a 7)".


            Considere a sua própria experiência e reflita sobre qual tipo de trabalhador você tem sido. Os agraciados nada fizeram para receber o dom gratuito de Deus, pois, até pela etimologia, não pode estar condicionado a nada. Mesmo a fé com a qual nos apropriamos da salvação é-nos dada por graça, após a regeneração, após o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo. De que maneira você tem vivido, pela lei ou por graça? Cristo vive em você, ou você tem-se esforçado para viver por conta própria o padrão inatingível (sob o ponto de vista humano) da lei? Não se iluda, a justificação é por graça e é operada mediante a morte com Cristo, cf. Romanos 6. As obras que passamos a praticar já foram preparadas de antemão para que andássemos nelas (Efésios 2:10), razão pela qual não são os santos que vão atrás das obras, mas estas que os acompanham (Apocalipse 14:13).

            Conclui-se, portanto, que não há salvação sem graça, nem pode haver nada em nós, ainda que regenerados, que nos permita aproximarmos mais de Deus. Não há nada que possamos fazer, a par da graça de Deus, para santificar-nos. Cristo mesmo é a nossa santificação. Sem Ele nada podemos fazer. A salvação, em sua totalidade, é por graça. Somos salvos da condenação, do poder e da presença do pecado por graça. Destarte, uma vez regenerados, as obras que praticamos fazemo-las em Deus, pois nossa vida já está oculta com Deus, em Cristo Jesus. Convém, por fim, questionar: Que tipo de trabalhador você é? Que tipo de trabalhador você quer ser? Que tipo de salário (leia-se morte) você quer receber: o da dívida ou o da graça? Reflita seriamente a respeito, pois disso depende o seu destino eterno.

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