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segunda-feira, 30 de maio de 2011

A GLÓRIA DA SANTIFICAÇÃO - Parte 4 de 4


            DeVern Fromke afirmou: "Outros nunca encontraram o caminho da morte através da cruz, e ficam desapontados e confusos porque o velho homem recusa-se a ser purificado. A única solução de Deus para o velho homem é a morte. Deus não nos pede que tenhamos fé em algo que não funciona. Não podemos convencer-nos por muito tempo que o Sangue purificou quando o velho homem continua a reivindicar suas paixões impuras. Mas nossa fé pode descansar com segurança no fato de Deus ter aceitado o sangue aspergido; nossa consciência está limpa; fomos lavados na água pura da Palavra. Se estamos "vivendo e caminhando na Luz como Ele (mesmo) está na luz, temos comunhão... e o sangue de Jesus Seu Filho (continuamente) nos purifica (nossa consciência) do pecado e da culpa" (I João 1:7, trad. A. N. - as palavras em parênteses são do autor)" ("O Supremo Propósito", p. 86).
            A preocupação exacerbada que alguns têm em relação ao processo de santificação revela a tendência de o homem natural querer fazer as coisas por conta própria, inclusive ensinar a Deus como Ele deve agir em sua vida. Às vezes, nós mesmos, embora regenerados, enveredamos por esse caminho. Ora, o sacrifício de Cristo foi suficiente para nos tornar perfeitos nEle. Em Cristo, já fomos aperfeiçoados para sempre. Quem está em Cristo já é uma nova criatura (a Palavra não diz "será" uma nova criatura). O espírito do homem foi vivificado juntamente com Cristo. Cristo passou a ser a nossa vida. Se estamos sendo santificados na alma e no corpo, é por obra da graça, segundo a vontade de Deus.
          A propósito, o exemplo do chamado "bom ladrão"; aquele que foi salvo "na" cruz e "ao lado" da cruz. A salvação daquele homem se deu por fé, manifestada por graça nos últimos momentos de sua existência. Assim, aquele ex-ladrão sabe tanto do que é graça quanto eu, e na eternidade futura não disputarei com ele para saber quem é mais santo, porque o sacrifício de Cristo o aperfeiçoou tanto quanto a mim, e para Deus ele se tornou tão santo quanto Deus queria que ele fosse.
            Na realidade, a cruz exclui qualquer jactância. Retirou a do "bom ladrão", tem retirado a minha, e tem poder para retirar a de quem quer que seja. De fato, só o homem "crucificado com Cristo", morto para o "eu" e para o pecado tem condições de deixar de reivindicar qualquer glória para si. O homem natural, portador da natureza adâmica, da natureza do "querer ser igual a Deus" não admite a soberania de Deus, embora ela esteja explícita nas Escrituras e testificada pelas obras de Suas maõs.
PARA ELE
            A obra do calvário é poderosa o bastante para redimir a Igreja de Cristo e para santificá-la, a fim de apresentá-la perante Ele mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e sem defeito, cf. Efésios 5: 25 a 27. Em Colossenses 1: 22 e 23 lemos: "Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro" (destacamos).
            Vemos que o propósito de Deus é fazer nova criação em Cristo, reconciliando consigo todas as coisas, tanto as que estão no céu quanto as que estão na terra, estabelecendo a paz pelo Seu sangue derramado na cruz (Colossenses 1: 19 e 20). Convergir todas as coisas em Cristo é o que Deus efetivamente tem feito ao longo da história do mundo. Isso é o veredicto do conselho da Sua vontade. Não nos cabe questionar, mas glorificá-lo por saber, através de Sua Palavra, que Ele nos quis fazer participantes do Seu Reino e de Sua natureza. Somos santos porque Ele é santo. Seremos tão santos quanto Ele nos queira fazer. Mais que isso: seremos apresentados perante Ele mesmo santos, sem defeitos, inculpáveis e livres de qualquer acusação. Quanto descanso encontramos nessa verdade!
        Deus nos livre de querermos produzir santidade por nosso esforço próprio. Certamente, ficaremos frustrados; as tentativas serão inócuas. Se ainda resta algum dúvida quanto à suficiência do tratamento gracioso da cruz que nos torna perfeitos em Cristo, que o Deus de toda misericórdia retire-nos do terreno da ignorância, desfaça qualquer jactância, e nos conduza pelo Caminho firme do Seu propósito, para que toda a glória, e a glória toda, sejam dAquele que nos providenciou tão grande e completa salvação.
 


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