"Seja a
atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não
considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas
esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até
a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu
o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho,
nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo
é o Senhor, para a glória de Deus Pai" (Filipenses 2: 5 a 11 - NVI)
A
imagem de Cristo não pode ser produzida sem a fôrma da cruz. Não nos referimos
aqui ao modo de fabricação de um crucifixo. Estamos querendo tratar de uma
realidade espiritual, que nada tem a ver com o objeto (via de regra, de
madeira) que é produzido por imaginação e mãos humanas, para ser venerado e
idolatrado. A verdadeira imagem de
Cristo é aquela produzida por Deus no íntimo de Seus filhos, pela operação da
cruz. Para que Cristo seja refletido, como que em espelho, no interior e no
exterior de uma pessoa; para que o aroma de Cristo seja exalado por alguém; a
cruz não pode ser tratada como um símbolo, uma doutrina, uma referência histórica, um
ídolo, ou um amuleto. Ela precisa ser uma experiência pessoal; um princípio
interiorizado na vida dos que são chamados de acordo com o propósito de Deus.
A
cruz foi o mais cruel dos meios, perfeitamente justificado pelo sublime fim
colimado. Conforme veremos, Cristo precisava ir à cruz, que não era dEle, mas
nossa, a fim de morrer a nossa morte para que vivêssemos a Sua vida. Cristo
tornou-se participante da natureza humana para nos tornar participantes da
natureza Divina. Ele identificou-se com o homem em sua vida, para que o homem
fosse identificado com Ele em Sua morte. O princípio da cruz é expressão da
natureza Divina. A cruz faz parte da essência de Deus e constitui-se um
princípio pelo qual Ele se relaciona com a Sua criação, notadamente com o
homem.
Paulo
faz ver, na carta aos Filipenses, a disposição mental do Filho de Deus
refletida em atitudes concretas, as quais revelam a natureza da cruz e a
própria essência da Divindade. Verificamos, a partir do texto-base, que a
natureza da cruz envolve: doação, serviço, humildade, obediência e morte. Cada uma dessas características serão tratadas a seguir.
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CONTINUA...
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