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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A CONFORMIDADE DA IMAGEM: UM PROPÓSITO ETERNO - Parte 3

            Obviamente, a luz exterior não era a característica marcante, como já destacado alhures, porque o corpo do homem não era espiritual, sendo Deus, por outro lado, completamente espiritual. O homem era predominantemente alma, o que tornava essa imagem inicial imperfeita e incompleta, mesmo antes do pecado. O corpo de Adão era psíquico, e não espiritual. WATCHMAN NEE chega a afirmar que a palavra "imagem" não indica semelhança física: "Antes denota semelhança moral ou espiritual. Alguém expressou assim: "transformado na semelhança"; isto é, "ser conformado a uma semelhança". O propósito de Deus ao criar o homem é para que este seja transformado segundo Sua imagem. Deus queria que Adão fosse como Ele. O diabo disse: "Sereis como Deus". Mas a intenção original de Deus era que Adão fosse transformado para se tornar como Ele" (p. 12).
            Neste ponto, vemos que o propósito imutável de Deus refere-se à formação de um ser completamente moral ou espiritual, que não viva nem da alma, nem do corpo. Não é difícil constatar que o homem não tinha tal característica, nem antes nem depois da queda.
            Ao cometer o chamado pecado original, o Homem, como ser inteiro (homem e mulher) deixou de ter a comunhão de que desfrutava com o Criador. Quando Deus disse: "Certamente morrerás" referia-se a uma separação completa: primeiro, do espírito; conseqüentemente, da alma e; por fim, do corpo. Apesar do pecado, Deus não desistiu de Seu propósito de fazer o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança. Tal propósito certamente não havia sido implementado em Adão, por isso Deus não procurou melhorar o vaso quebrado; tratou de refazê-lo, de acordo com a Sua vontade: "Desci à casa do oleiro, e vi que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Mas o vaso, que ele fazia de barro, se quebrou na sua mão; pelo que o oleiro tornou a fazer dele (do barro) outro vaso, conforme bem lhe pareceu" (Jeremias 18: 3 e 4 - comentamos). O oleiro não perde tempo com o vaso quebrado. Ele faz outro, da maneira que lhe apraz. Tal figura é a descrição perfeita da obra de regeneração do homem, após a queda de Adão: "Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel" (Jeremias 18:6-b).
            Se Deus tivesse desistido de fazer o homem à Sua imagem, conforme a Sua semelhança, após a queda de Adão, teria Ele prometido fazer outro vaso? De outra parte, se o Seu decreto inicial tivesse sido implementado inteiramente, teria Ele deixado um remanescente da humanidade (Noé e sua família, ao todo oito almas) quando a destruiu no Dilúvio? Evidentemente que não.
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CONTINUA...

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