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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ÁRVORES E FRUTOS - Parte 5 (final)


         Atos pecaminosos, portanto, são o resultado de uma natureza pecaminosa. Como vimos, há aí também a relação de fonte e produto. Cristo atraiu na cruz a fonte do pecado para nos libertar da escravidão dessa natureza pecaminosa. Destruída a fonte, cessa o produto. Só depois de morrermos para o pecado, com Cristo, e vivermos para Deus, em Cristo, através do Espírito Santo que em nós habita, podemos experimentar uma vida de vitória sobre o pecado, na qual paulatinamente vamos abandonando os atos pecaminosos, não porque somos mais fortes do que os outros, mas pela vida de Cristo em nós, que é uma vida ressurreta, pura, sem pecado. Uma vez cessada a fonte do pecado (a natureza), os produtos (atos pecaminosos) já não têm mais como continuar sendo gerados.
         O homem nasce espiritualmente morto. É uma árvore má que, no aspecto espiritual, não dá fruto. Temos um espírito em nós que não discerne as verdades espirituais, que só atenta para a vontade de uma alma escravizada e para os desejos de uma carne que para nada serve, que é fraca e insaciável. Por tal razão Paulo afirma: "Pois qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem a tudo, e ele de ninguém é discernido. Pois quem conheceu a mente do Senhor, para que o possa instruir? Mas nós temos a mente de Cristo" (I Coríntios 2: 11, 12, 14 a 16).
         Quando o Espírito do homem é vivificado ele passa a ser um com o Espírito de Deus. Esse mesmo Espírito que ressuscitou a Cristo dentre os mortos é que nos dá a vida de Cristo. Por isso Cristo é chamado de "o primogênito dentre os mortos", pois a partir de Sua ressurreição e da descida do Espírito muitos "mortos" espirituais seriam (e foram) gerados por esse mesmo Espírito, que é o Espírito de adoção, que nos torna irmãos de Cristo, partícipes de sua natureza, da parternidade divina, de maneira que somos co-herdeiros com Cristo do reino de Deus.
         Ao entendermos que árvore é fonte e que Cristo é a vida, entendemos que Cristo é a árvore da vida, que foi preterida no Éden pela árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele é a videira verdadeira, e nós os seus ramos, pois não temos vida em nós mesmos, apenas quando somos enxertados na árvore, daí a necessidade de permanecermos em Cristo como o ramo que necessita se alimentar da raiz da árvore (João 15: 1 a 11). Se o ramo não permanecer na videira será lançado fora, apanhado, lançado no fogo e queimado (João 15:6). Semelhantemente, toda árvore que não produz bom fruto será cortada e lançada no fogo.
         O machado já está posto à raiz das árvores. Deus já estabeleceu um dia em que há de julgar a humanidade. O selo do Espírito Santo é a nossa garantia de entrada no reino, é "o penhor da nossa herança, para redenção da propriedade de Deus, em louvor da sua glória" (Efésios 1:14). Esse Espírito é a semente plantada no coração do homem, que o torna árvore boa. Não é possível ser árvore boa e má ao mesmo tempo, por isso que antes de plantar Deus derrubou a árvore má, crucificou o nosso pecado, destruiu a nossa natureza pecaminosa, destruiu a obra do inimigo. Aos que estão na dúvida e aos que estão certos de que são árvores más, considerem a misericórdia de Deus, clamem por novo nascimento, por vivificação e fé, a fim de que o Espírito Santo faça visitação, imprima a vida de Cristo em seus corações e habite em vocês, produzindo o fruto que leva à santidade e, por fim, à vida eterna (Romanos 6:22). Como disse Jeremias: "Bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto" (Jeremias 17: 7 e 8 - NVI).

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