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quarta-feira, 24 de abril de 2013

JUSTIFICAÇÃO SEM AS OBRAS DA RELIGIÃO - Parte 4


            Qualquer doutrina que anatematize a doutrina do pecado original, do cativeiro da vontade à natureza pecaminosa, é perigosa, porque é o convencimento de seu estado miserável e incrédulo que conduz o homem a suplicar pela graça de Deus, que é plena e essencial para que o pecador receba o dom da vida eterna e permaneça na santidade. Lamentavelmente, é fácil constatar que o Pelagianismo e o Arminianismo têm-se infiltrado em nossas igrejas e inspirado muitas declarações doutrinárias. Eis porque temos tantos arminianos declarados (e alguns disfarçados) ocupando púlpitos e cargos de projeção na estrutura organizacional das igrejas ditas cristãs. Convém alertar, todavia, que à luz da Palavra de Deus nem o Pelagianismo nem o Arminianismo se sustentam. O homem está absolutamente perdido e depravado: "Não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há um só". Isaías chegou a indagar: "Como, pois, poderemos ser salvos? Todos nós somos como o imundo, e todos os nossos atos de justiça como trapo de imundícia; todos nós caímos como a folha e os nossos pecados como um vento nos arrebatam".
            O homem foi gerado à imagem e semelhança de Adão após a queda, portanto nasce em pecado. Davi revela: "Certamente em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe". Paulo concorda e reputa a responsabilidade da introdução do pecado ao primeiro representante da raça: "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". Convém questionar: quem tem mais poder, Deus ou o homem? Deus, certamente! Então, se entendemos que esse homem caído, perverso, imundo, tem capacidade e livre-arbítrio para escolher a Deus, não estamos dando mais poder a ele do que a Deus? Por que imaginamos que Deus não tem poder para escolher e salvar o homem?.
            Diante da revelação da Palavra de Deus, forçoso é concluir que qualquer doutrina que divida a soberania de Deus com o homem é antibíblica. O enfoque bíblico é Cristo, como expressão máxima da graça de Deus: "Pois foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus"; "Da sua plenitude todos nós recebemos graça sobre graça. Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou". Na plenitude de Cristo, isto é, quando Ele se torna pleno em nossa vida, quando passa a ser a nossa vida, recebemos graça sobre graça. Ele é a manifestação viva da graça de Deus. NEle se manifestam a graça e a verdade de Deus, pois afinal Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Graça é Deus dando vida a quem estava morto. É Deus dando Cristo a quem merecia a morte. Tão maravilhosa é essa graça que Cristo foi constituído não apenas a nossa redenção, mas também a nossa sabedoria, e justiça e santificação.
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CONTINUA...

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