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quarta-feira, 10 de abril de 2013

A FÉ É DOM DA GRAÇA - Parte 15


            Muito se houve dizer sobre novo nascimento. Até se usa a expressão para quem não morre, para quem escapa de uma tragédia, quer seja acidente, quer seja doença. Mas ninguém pode nascer de novo sem morrer, e aqui nos referimos a uma experiência espiritual, não um continuismo da carne (no presente ou no futuro), nem um mero assentimento intelectual. É um nascimento da Palavra e do Espírito (João 3:5). Sem o conhecimento da Palavra do Evangelho de Cristo não pode haver manifestação do Espírito, não em termos de regeneração. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a Palavra de Cristo (Rom. 10:17). A fé provém de Cristo, por isso é dom da graça, pois a graça nos é dada em Cristo, isto é, quando estamos nEle. Tal elevado e indispensável dom divino se manifesta não apenas para sermos justificados, mas também e principalmente enquanto estamos sendo salvos do poder do pecado pela vida de Cristo em nós. O justo viverá da fé, e essa fé está em Cristo mesmo. Obviamente, se não há regeneração, não pode haver vida de Cristo em nós, pois nascemos em Adão e somos por herança genética filhos espirituais do diabo, como Adão passou a ser depois que pecou. Por isso é preciso morte da velha natureza adâmica para que a natureza divina seja em nós inserida.
            Após a regeneração, vale frisar, é a vida de Cristo em nós que nos torna capazes de continuar crendo. Como bem colocou o Rev. Glênio Paranaguá, "fomos salvos da condenação do pecado pelo sacrifício de Cristo, e estamos sendo salvos do poder do pecado pela vida de Cristo em nós". Por graça, e para que continuemos dependendo dela, Deus nos mostra que não temos capacidade (ainda que regenerados) de viver por nós mesmos, nem de crer, nem de vencer o mundo, nem de vencer as investidas de satanás. Assim, se é verdade que fomos regenerados pela suficiência do sacrifício do Cordeiro aplicado às nossas vidas, também é verdade que o Espírito vivificante (o Espírito de Cristo) é que produz o viver santo, a santificação da alma pela vida de Cristo em nós, o que também decorre unicamente da graça.
            Paulo percebeu que os da Galácia começavam a inchar pela presunção de que poderiam crescer na vida cristã sozinhos: "Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou? Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da Lei que vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se aperfeiçoar pelo esforço próprio? Será que foi inútil sofrerem tantas coisas? Se é que foi inútil! Aquele que lhes dá o seu Espírito e opera milagres entre vocês realiza essas coisas pela prática da Lei ou pela fé com a qual receberam a palavra?" (Gálatas 3: 1 a 5).
            Note-se que o Espírito Santo é o agente da graça divina; não apenas para crermos que fomos crucificados com Cristo, mas também para crermos que estamos crucificados com Ele. É algo contínuo. É o "levar diariamente o morrer de Cristo" para que a vida dEle se manifeste em nosso corpo mortal. Essa vida de Cristo em nós é que nos torna santos, nos salva do poder do pecado. Como disse Paulo, "se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo". De fato, Cristo é que é TUDO em todos.
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CONTINUA...

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