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quinta-feira, 31 de março de 2011

O FRACASSO DA TEOLOGIA HUMANA - Parte 1 de 6


("Respondeu Jesus: Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!" - Mateus 22:29; "Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos" - Filipenses 3: 10 e 11) 

            A teologia define-se como "o estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com os homens, e à verdade teológica". Também é definida como "o estudo racional dos textos sagrados, dos dogmas e das tradições do cristianismo" ("Novo Aurélio", o Dicionário da Língua Portuguesa, Século XXI).


            A teologia é, assim, uma ciência pela qual se estuda, à luz da ratio humani, isto é, da razão humana, os textos sagrados, os dogmas e as tradições do cristianismo. Essa é a teologia que chamamos de humana, pois é o estudo racional feito pelo próprio homem da Bíblia e de manuscritos considerados sagrados, com o intuito de conhecer a Deus. Em contraposição, temos a teologia divina, que é a própria revelação de Deus ao homem através de Sua Palavra e através do Seu Espírito Santo. O conhecimento adquirido através do estudo da teologia humana é meramente intelectual. O conhecimento de Deus através da teologia divina é espiritual. Aquele que estuda a teologia humana pode vir a conhecer a teologia divina, desde que Deus se torne propício e revele a Sua Palavra por meio de Seu Espírito Santo. O conhecimento da teologia divina, portanto, pressupõe uma experiência espiritual, a qual a própria Palavra de Deus trata como novo nascimento, ou nascimento do Alto, ou nascimento do Espírito.


            Dessas duas espécies de teologia surgem diferentes teólogos: o teólogo ateu, o teólogo religioso e o teólogo verdadeiro. Os dois primeiros são formados pela teologia humana, ao passo que o último é um eterno aprendiz da teologia divina. Ao chamarmos este de "teólogo verdadeiro" queremos dizer que os outros dois são pseudoteólogos. De fato, um ateu pode ser um teólogo, mas um teólogo-cientista que procura descobrir através do estudo sistemático das doutrinas que tratam da divindade aparentes defeitos ou mesmo bases de sustentação de sua filosofia de vida. Em outros termos, através do estudo dos textos sagrados o teólogo ateu busca provar exatamente o que os textos ou as verdades deles extraídas não querem indicar: que Deus não existe. O teólogo religioso é o mais comum: é aquele que diz acreditar em Deus, que pertence a uma igreja, e que resolve estudar sistematicamente a teologia com vistas a um maior conhecimento do Divino. Muitos desses teólogos são os que dizem terem recebido um "chamado" para o ministério pastoral, que buscam nos cursos de teologia o aprofundamento do seu conhecimento intelectual de Deus. Chamo esses de pseudoteólogos porque sem passar pela experiência do novo nascimento, ou seja, sem vida espiritual, sem o conhecimento espiritual de Deus, procuram o aperfeiçoamento de seu intelecto e de seus dons de oratória e de interpretação de textos para progredir em seus projetos terrenos.


            É uma triste realidade, mas a grande maioria das igrejas pretensamente cristãs é liderada por pastores que Deus não comissionou, que não conhecem a Deus verdadeiramente, pois não O conhecem do ponto de vista espiritual, cuja teologia não passa de teses e de concepções racionais e muitas vezes deturpadas da Palavra de Deus. Há muitos preceitos de homens passando de gerações a gerações que nada têm com a Palavra de Deus, e esses preceitos são aceitos pelos teólogos religiosos e pregados em suas igrejas como verdades insofismáveis, como teologia divina.

            WATCHMAN NEE acertadamente observa: "Não basta ter conhecimento exterior da Bíblia; tal conhecimento tem de estar também escrito no coração do homem. Tê-lo escrito no coração resulta no conhecimento de Deus. Uma condição lamentável prevalece nos dias de hoje, a saber, que poucos são os que realmente conhecem a Deus. Podemos freqüentemente ouvir conhecimento bíblico e mesmo assim não conhecer a Deus. A pessoa que apenas possui algum conhecimento bíblico é como alguém que luta tendo como arma um simples caniço: curvar-se-á para onde soprar o vento; não tem a força necessária para lutar. Permitam-me perguntar: Quem pode dizer hoje que conhece o propósito de Deus, a mente de Deus, sua vontade e seu caminho? Digo sempre que conhecer a Deus é uma preciosidade incomensurável; nada se lhe compara. Algumas pessoas podem abrir a Bíblia e falar razoavelmente bem a respeito de uma passagem, mas talvez não conheçam a Deus de maneira alguma. Podem falar bem, e no entanto serem estranhas a ele. O conhecimento bíblico deveria levar-nos a conhecer a Deus. Porém isso nem sempre ocorre" ("Conhecimento Espiritual", Ed. Vida, p. 13 e 14).
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CONTINUA...

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