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terça-feira, 1 de março de 2011

PÃO PARA QUEM TEM FOME - PARTE 2 de 2


("Por que gastais dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer?" – Isaías 55:2)



            A ausência do maná celestial nos cardápios das congregações modernas é a causa da inanição  e do raquitismo espiritual detectáveis nas multidões de frequentadores de cultos, que se arrastam famintos nos corredores dos templos. Jesus diz aos seus discípulos: "Dai-lhes vós de comer", e alguns de seus pretensos seguidores distribuem balas, doces e confetes, porque não podem dar o que não têm. No milagre da multiplicação dos pães, conforme relato de João, Jesus pergunta a Filipe: "Onde encontraremos pão para toda essa gente comer?". A pergunta tinha um efeito didático, pois Jesus em seguida daria a resposta miraculosa: "Ele perguntava isto somente para o experimentar, pois já sabia o que ia fazer" (João 6: 5 e 6). Todo o nosso esforço é vão se Cristo não for o nosso alimento. Jamais ficaremos satisfeitos e jamais satisfaremos as pessoas ao nosso redor. Cristo é o alimento completo enviado dos Céus, e todo o nosso patrimônio, tudo o que somos e temos não é suficiente para comprá-lO, principalmente porque Ele não está à venda - é dado pela graça do Pai: "Ninguém pode vir a mim se pelo Pai não lhe for concedido" (João 6:65-b).
            Pregadores que não conhecem o Deus da Palavra tentam vender a  Palavra de Deus como se fosse produto em liquidação. Barateiam o Evangelho e anulam o sacrifício de  Cristo com suas ofertas mercadológicas. Querem fazer negócio com as multidões, porque não podem dar de graça se de graça nunca receberam. Até o mais bem intencionado dos religiosos só poderá ofertar religião, ainda que a chame de evangelho. De fato, quando a graça do Evangelho e o Evangelho da graça não são anunciados, o resultado final será, quando muito, mais adeptos de um sistema religioso infrutífero, os quais descobrirão, mais cedo ou mais tarde, a ineficácia ou a inconsistência do alimento que lhes foi ministrado.
            No exemplo da multiplicação dos pães, as necessidades físicas daquela multidão foram satisfeitas, mas eles não conheceram, e nem queriam conhecer, Aquele que os saciara: "Em verdade, em verdade, vos digo que me buscais, não pelos sinais miraculosos que vistes, mas porque comestes do pão, e vos fartastes" (João 6:26). O alimento material sacia o corpo, mas não satisfaz os desejos mais profundos da alma humana. O alimento espiritual, o pão que desce do Céu, farta e satisfaz plenamente todas as nossas necessidades: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede" (João 6:35). O que o homem precisa, praticante ou não de uma religião, não é de comida nem de bebida, mas de vida. Cristo é o pão da vida. Para nos alimentarmos dEle precisamos ir a Ele e crer para dentro dEle, o que implica identificação perfeita com Ele, em Sua morte, sepultamento e ressurreição, segundo as Escrituras (I Coríntios 15: 3 e 4). Cristo crucificado, conforme a receita  do "Chef" Divino, é o prato principal do “menu” do Evangelho da graça. Se não comermos a carne e não bebermos o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo não teremos vida em nós mesmos (João 6: 53 a 58). Se não houver identidade em Sua morte (na qual a carne foi rasgada e o sangue derramado) não ficaremos satisfeitos com qualquer outro alimento oferecido. De outra parte, se continuarmos trabalhando apenas pelo alimento que perece e que não pode saciar a alma, nosso esforço será vão, nosso viver será enfadonho, nossos projetos findarão no epitáfio.
            O alimento que permanece para a vida eterna é Cristo, e o que Ele produz em e por meio daqueles que dEle se alimentam. Cristo é o pão que sacia de graça aquele a quem Deus abre o apetite espiritual e nutre. No deserto da existência humana só o Maná de Deus dá vida, alimenta, e satisfaz completa e eternamente.
            Mas você está interessado nisto? De que você tem fome? Você tem fome de Cristo?

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