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segunda-feira, 13 de junho de 2011

DEVER, PODER E QUERER - Parte 1

(“Pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” – Filipenses 2:13)

INTRODUÇÃO


            No edifício das ações humanas há 3 fundamentos indispensáveis: dever, poder e querer. Não é possível analisarmos a estrutura dos nossos atos e não vislumbrarmos um desses alicerces. É certo que muitas vezes agimos motivados por uma força externa, espiritual ou física. Podemos também agir compelidos pela força das circunstâncias. Mas, conforme veremos, não há circunstância que não esteja sujeita ao propósito divino.
            O dever abrange as normas de conduta, que impõem um “fazer” ou um “não-fazer”, e que remontam ao plano divino do “façamos o homem à nossa imagem e semelhança”, ordem dada pela trindade, conforme o beneplácito da sua vontade, a qual vinculou as 3 pessoas que dela fazem parte. Todo dever, conforme procuraremos demonstrar, traz inserto o axioma do dever-ser, desde que toda norma visa a um fim. No campo espiritual, tendo em vista o plano divino de ter uma família, não apenas criaturas, o dever-ser vincula-se a uma pessoa: Cristo. Somos regenerados por Ele, unidos a Ele na semelhança de Sua morte e ressurreição, a fim de que, por Seu Espírito que imprime em nós a Sua vida, manifestemos no corpo e nas atitudes os caracteres da Sua imagem. A glorificação do corpo será a transformação cabal da imagem do terreno no celestial. Um espírito novo e uma mente renovada são as primeiras impressões da vida de Cristo no regenerado, e são expressões do dever-ser que só alcançamos por graça do Deus Todo-Poderoso e Soberano.
            O poder diz com a capacidade e com a permissão de realizarmos algo. Vivemos em um mundo em que o homem tudo pode. O “eu” contaminado pelo germe do pecado sempre aprecia os fatos da vida, e até mesmo a teologia e a divindade, sob sua ótica humanista, de maneira que Deus sem o homem estaria perdido, e não o contrário. Sincero seremos se confessarmos (e portanto não podemos olvidar) que o homem sem Deus é que está perdido, e que aquele não apenas não tem capacidade para salvar-se, como também não detém permissão para tanto. Deus é quem salva, e a trindade está envolvida “até o pescoço” nesse processo. Nesse campo, como em todos os demais, a vontade, a iniciativa e o propósito de Deus são inteiramente soberanos.
            O querer salvar-se também é uma ilusão humanista. Vontade de querer ficar queimando no inferno quase ninguém tem. Por isso, correto é dizer que o homem não quer o inferno, mas também não pode querer, por conta própria, ser liberto de si mesmo, de sua natureza pecaminosa. A vontade do homem se movimenta nesse sentido quando Deus opera esse desejo. A graça divina no processo salvífico é plena e abrange a vontade de ser regenerado e os meios para tanto, dentre os quais se inclui a fé.
            Todos esses aspectos serão expostos, de acordo com as Escrituras, a fim de que saibamos que existe um Deus soberano cujos propósitos são eternos e não podem ser impedidos por nenhum acontecimento da história, até porque Deus foi quem escreveu o primeiro e o último capítulo dessa história, e Ele não muda o script. O Deus que escreveu a história está no controle de tudo, e Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Que o Espírito abra os olhos do leitor para o que se segue.
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CONTINUA...

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