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quarta-feira, 6 de abril de 2011

O FRACASSO DA TEOLOGIA HUMANA - Parte 6 de 6

            A teologia humana é, pois, um fracasso. O conhecimento intelectual de Deus e de Sua lei sem o conhecimento espiritual, sem uma mudança de natureza, gera "mestres" segundo a concupiscência humana, pregadores de falsas doutrinas, hipócritas, blasfemadores, guias cegos que  conduzem muitos à perdição sob o pretexto de realização da vontade de Deus. A exemplo da teologia humana, o homem sem Deus é um fracasso.
          O que precisamos é de teólogos que conheçam a Deus, que estudem a Palavra de Deus como um alimento espiritual, não para nutrir o intelecto. Só podemos conhecer a Deus quando temos o Espírito da verdade em nós, o Espírito Santo que nos leva a toda a verdade. Só têm o Espírito de Deus aqueles que nasceram de Deus (João 1:13), que nasceram do alto, que nasceram da Água (a Palavra de Deus) e do Espírito (João 3:5). "É necessário que vocês nasçam de novo", foi o que pregou Jesus a um fariseu, uma autoridade entre os judeus, Nicodemos (João 3:7). O nascimento do Espírito é obra de Deus, que nos vivifica e nos leva a ressuscitar juntamente com Cristo (Efésios 2: 1 a 10) a fim de que possamos, pela fé que o Espírito nos dá, nos considerar mortos com Cristo e vivos para Deus em Cristo (Romanos 6). A vida de Cristo em nós é mantida pelo Espírito de Deus (Gálatas 2:20). Não é possível conhecer o poder da ressurreição de Cristo quem ainda não ressuscitou com Ele. Assim como acontecia com os saduceus, há muitos que erram não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus, não obstante os títulos que ostentam e que os fazem sobressair perante os outros homens como teólogos proeminentes e doutores em divindade. Muitos destes teólogos e doutores não conseguem enxergar que Deus, ao crucificar o Seu Filho, estava em seu corpo destruindo a natureza adâmica que a Ele foi atraída (João 12: 32 e 33), a fim de que o espírito caído do homem pudesse ser um só com o Espírito de Cristo na Sua ressurreição. Como dizia Paulo, "alguns ainda não têm conhecimento de Deus" (I Coríntios 15:34), ainda não foram vivificados.
            Sem o novo nascimento, portanto, nossa teologia não passa de esforço humano no sentido de conhecer a Deus e de fazê-lo conhecido aos demais. Tal esforço, todavia, é vão, não produz o resultado almejado. Só conhecemos a Deus quando Ele nos vivifica por Sua Palavra e por Seu Espírito. Sem dúvida é o que Ele tem feito na vida de muitos hoje em dia. Todavia, a grande maioria dos chamados "cristãos" permanece alheia a essas realidades. Muitos incrédulos não querem admitir a sua incredulidade. Muitos mortos falam da vida como um ideal, o qual todavia ainda não alcançaram. É hipocrisia falar do novo nascimento sem ter tido a experiência, pois não passará de retórica. É perigoso falar de teologia sem conhecer a Deus, pois produzirá mais dúvidas do que certezas na mente e no coração dos ouvintes. Quem, entretanto, quer admitir que não possui uma experiência com Deus? Praticamente ninguém. Se Deus não revelasse o vazio do coração humano, o pecado original da incredulidade, e o estado de morte espiritual em que se encontra o homem, este jamais conheceria a extensão do mal que lhe aflige.
            Sinto dizer, mais as pessoas estão cansadas de teologia humana, de pregações inconsistentes, de preceitos humanos, de filosofias mundanas, de palavras sem poder. Precisamos de teólogos verdadeiros, de líderes regenerados, de pastores comissionados por Deus. D. MARTYN LLOYD-JONES afirmou que "a mais urgente necessidade da igreja cristã é a verdadeira pregação". Eu afirmo, por outro lado, que a mais urgente necessidade do homem é a regeneração, não importa que posição ele ocupe na sociedade. Há muitos pastores não regenerados falando da salvação antes mesmo de encontrá-la e de experimentá-la. Há muitos pastores e líderes religiosos falando de Deus sem conhecê-lO. Esse quadro precisa mudar, mas certamente só Deus pode fazê-lo. Cumpre aos que já não são mais "cegos", do ponto de vista espiritual, alertar, e é o que estou tentando fazer.
            A minha oração é que essa mudança ocorra em muitas das igrejas ditas cristãs, que estão deveras afastadas da verdade, a fim de que a teologia divina, uma vez recebida, seja valorizada e ensinada nos púlpitos, para a benção dos pregadores e dos ouvintes, e para a glória do Deus Altíssimo.

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