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terça-feira, 12 de abril de 2011

O DIREITO DE ACUSAÇÃO E A LIBERDADE DA JUSTIFICAÇÃO - Parte 2 de 2


"Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica" (Romanos 8:33) 

                  O diabo tem muitos filhos neste mundo, e muitos seguidores no mundo invisível. As armas, os métodos e os objetivos lhes são comuns: armas da mentira; métodos de acusação; e objetivo de matar, roubar e destruir. A defesa dos verdadeiros filhos de Deus, por outro lado, está em Cristo. Ele é não apenas o nosso Defensor, mas também a nossa própria defesa. Em Cristo, a dívida já foi paga e a pena já foi cumprida, desde que Ele nos incluiu em Seu corpo, fazendo-nos morrer, sepultar e ressuscitar nEle (cf. Romanos 6), em novidade de vida. Vida do espírito, não da carne. Vida de liberdade, não de escravidão. Vida de paz, não de confusão. Vida de amor, não de medo. Vida de misericórdia, não de acusação.

                  Aos santos faz sentido a exortação: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pelo lei da liberdade, porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o Juízo” (Tiago 2: 12 e 13). O padrão da lei do pecado e da morte é acusação. O padrão da lei do Espírito de Vida é compaixão. A quem já foi, de fato, liberto do pecado e de suas conseqüências não fica bem o exercício do “direito de ação”, ainda que esteja coberto de razão. Já se disse que “morto não tem direito” e, nesse pensar, nosso direito é não ter direito algum, muito menos de acusar. O inverso também se verifica: quanto maior a escravidão; quanto maior o sentimento de culpa em um indivíduo, maior a necessidade e a tendência de imputá-la a outrem, bem como de apontar os erros (ainda que inexistentes) dos outros. A ilusão de sucesso nessa empreitada é grande, pois quanto mais o culpado acusa outros, mais cresce o sentimento e o peso da própria culpa, ainda que nunca seja revelada.

                  Quem acusa e aponta os erros dos outros, mesmo ciente dos próprios erros, acaba se esquecendo de que, para Deus, aquele que tropeça em um só ponto da Lei torna-se culpado de todos (Tiago 2:10). Portanto, quem acusa, embora no exercício (legítimo para alguns) do seu “direito de ação”, revela interesses diametralmente opostos aos interesses de Cristo - Senhor, Salvador e Intercessor - o qual está à direita do trono de Deus para defender os que já foram justificados pelo Seu sangue, nunca para acusá-los.


                  Lado outro, para quem está morto em Cristo e vivo nEle, nenhuma condenação existe, nenhuma denúncia subsiste, e nenhum espírito de acusação persiste.

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