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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O FUNDAMENTO, A IGREJA E A OBRA


            Em tempos de confusão, em que o ativismo e o esforço religioso estão em voga, mister refletirmos sobre o Fundamento, a Igreja, e a obra que esta realiza. Para tanto, olhamos para o texto de Mateus 16:18, que diz: "E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Cristo nos fala aí que Ele veio edificar um edifício sobre uma pedra, afinal não há nenhum edifício sem fundamento. O fundamento da Igreja, a Pedra angular desse edifício, é Ele mesmo: "Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo" (I Pedro 2: 4 e 5).
            No edifício espiritual que é a Igreja, Cristo é o fundamento. Por isso, ao "construir" igrejas, na missão ou na obra atribuída pelo próprio Jesus a Paulo, o apóstolo não lançava outro fundamento, para que o edifício ficasse firme: "Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica sobre ele. Pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento levantar um edifício de ouro, de prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará, porque o dia a demonstrará. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um" (I Coríntios 3: 10 a 13).
            Vemos que Paulo fazia essa obra "segundo a graça de Deus". Vemos também que Cristo é tanto o fundamento da Igreja quanto o próprio fundamento da obra. Se alguém quiser acrescentar alguma coisa a esse fundamento, a obra do tal será revelada, e queimada pelo fogo.
            Cristo é a Pedra Angular da Igreja, o seu fundamento. Sem Ele, todo o edifício ruiria, desabaria, não resistiria ao dia mau, às investidas de satanás, à pressão do mundo, às tentações, às provações, aos ventos e tempestades espirituais que parecem querer nos derrubar. Nós somos, como Igreja, esse edifício, essa "casa espiritual" de Deus, que habita em nós por Seu Espírito. Não podemos nos esquecer disso, desse grande Tesouro que Deus quis colocar em "vasos de barro". Perigo é olharmos para os "vasos" e esquecermos do "Tesouro" que eles contêm (falo a respeito dos verdadeiros filhos de Deus, regenerados pelo sacrifício do Cordeiro).
            Por outro lado, a obra realizada pela Igreja só pode ter um fundamento: Cristo. Como bem disse Paulo, em sua construção, como sábio construtor, esse foi o fundamento colocado. Assim, tudo o que perca de vista esse fundamento está sendo acréscimo indevido e danoso. A obra não pode ser analisada em si mesma. Ela precisa estar sempre relacionada com Aquele que a determinou, com o alicerce sobre o qual ela precisa estar sendo levantada. DE VERN FROMKE, com muita propriedade, observou:
"Se for a nossa obra, e estivermos obtendo satisfação da obra em si mesma, significa que ainda não aprendemos que Ele deve tornar-se tanto a fonte como a alegria de nossa obra“.
            Concluímos, portanto, que Cristo é a origem, o fundamento da Igreja, assim como o fundamento da obra que, pela graça de Deus, a Igreja é levada a realizar neste mundo.

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