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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A GLÓRIA DO BOM PERFUME - Parte 1 de 2

"Mas graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o bom perfume do seu conhecimento" (II Coríntios 2:14).


           Há uma indescritível alegria no regenerado pela descoberta de uma pessoa: Cristo. Melhor do que isso é descobri-lO em nós. Não há dia mais significativo do que aquele no qual aprouve a Deus revelar Cristo em nós, o próprio mistério do Evangelho.
            A nova vida em Cristo, na qual o "eu" encontra-se crucificado, e Cristo, pela fé, entronizado, é a vida que tem sentido. Trata-se da vida abundante prometida por Jesus. Quando a promessa é em nós cumprida, vemos que nada está perdido; ao contrário, tudo foi ganho em nosso benefício. "Se alguém nunca nascer de novo",  como já foi dito, "melhor seria que nunca tivesse nascido". Sem o novo nascimento, sem a passagem da morte do "eu" para a vida de Cristo, nada resta, porque Cristo é o tudo de Deus, e sem Ele nada somos e nada podemos fazer. Se é certo que sem ele nada somos, de igual modo nEle somos considerados nada, porque Ele é que é tudo e está em todos os regenerados, e neste caso o pressuposto é que o "eu" seja aniquilado, assim como foi o pecado.
            Conquanto a santificação - a libertação do poder do pecado - seja um processo, é necessário que Ele cresça e que eu diminua, e todo crescimento tem seu tempo adequado ao projeto de Deus para cada um dos Seus filhos, pois só Deus sabe a que estatura estamos e em que nível de crescimento espiritual Ele nos quer fazer chegar. Nada obstante, o que considero mais precioso na experiência da vida ressurreta é a comunhão íntima com o nosso amado Salvador e Senhor, o qual se tornou a nossa vida. Muitos querem um Salvador, e até O admitem como Senhor, mas quem quer naturalmente perder a própria vida para ganhar a de Cristo? Quem pode por conta própria negar o "eu", ou reduzi-lo a nada, para que Cristo seja entronizado? A resposta é taxativa, mas alentadora: ninguém! A razão é simples: ninguém pode negar a si mesmo, e ainda que pudesse, não teria vontade própria para fazê-lo. Só a graça de Deus em Cristo pode realizar a operação da cruz em nosso interior.
            À medida em que Cristo se manifestar em nós, mais O conheceremos, mais experimentaremos de Sua vida ressurreta, e mais detestaremos a nós mesmos. É o caminho sem volta da vida cristã, no qual a manifestação de Cristo se torna mais importante que os interesses pessoais. Quanto mais longe formos levados nessa senda, mais repudiaremos a vida do "eu", a vida da alma, com suas manifestações variegadas, sutis e enganosas. Deus não nos abandona nesse caminho, que é contínuo e peremptório, e só termina no dia de Cristo. Noutro giro, só é possível manifestar por todo lugar o bom perfume do conhecimento de Cristo se Cristo for a nossa vida. Isso porque Paulo não se refere a um conhecimento intelectual, meramente teórico, quiçá oriundo do estudo sistematizado da teologia, ou de nosso convívio com teólogos do passado ou do presente, mas sim a um conhecimento pessoal, fruto de uma convivência diária, mesmo, e principalmente, em meio às adversidades. Isso é que gera fruto para Deus, que nada mais é do que a manifestação da vida de Cristo em nós, a qual certamente terá reflexo em nosso procedimento (comportamento ativo ou passivo) e em nossas obras (comportamento ativo). 
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CONTINUA...

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