("Disse Jesus: 'A minha
comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra'"
- João 4:34; "Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra
coisa, façam tudo para a glória de Deus" - I Coríntios 10:31)
O
ser humano tem-se caracterizado notadamente pela busca do prazer. Velada ou
não, essa é a motivação primordial da existência humana desde que o mundo é
mundo de pecado. Na busca do sentido da vida ou da excelência naquilo que
realiza o homem manifesta inequivocamente vontade inata e egoísta de sentir
prazer ou de satisfazer seu ego plenamente. É algo que está, usando a expressão
de KARL JUNG, no "inconsciente coletivo".
JAMES
HOUSTON associa tal característica à origem dos vícios: "Em termos
neurológicos, os hábitos e as atitudes viciadas são facilmente incorporados à
nossa constituição. Poderíamos chamar esse processo de "Viés
Neurótico", pois é resultado de nosso desejo inconsciente de evitar a dor
e de buscar o que é prazeroso nos campos físico e emocional. Podemos criticar
Freud por ele ter exagerado o que ele chamou de "Princípio do
Prazer", mas é certo que este constitui elemento vital na formação de
qualquer vício. Da mesma forma que a matéria é puxada para baixo pela
gravidade, assim também os seres humanos gravitam na direção daquilo que é
prazeroso" ("A Fome da Alma", p. 73/74).
Nesse
pensar, é natural que o prazer seja elogiado e tenha lugar de proeminência
entre os homens. Os tempos atuais se caracterizam, todavia, pela exacerbação
dessa busca; pelo exagerado enaltecimento do prazer, o que se explica pela
absoluta falta de sentido para a vida (característica marcante dos tempos do
fim) ocasionada pelo completo abandono da Palavra de Deus, o próprio Cristo.
Não
é de se admirar, portanto, que a "Dave Matthews Band", uma das Bandas de Pop
Internacional que mais dinheiro fatura com shows ao redor do mundo, cante em uma de suas músicas mais conhecidas: "Eat, drink, and be
merry, for tomorrow we'll die" (Comamos, bebamos e nos casemos porque amanhã
morreremos). Talvez ficássemos surpresos e escandalizados se a idéia fosse
nova, mas de fato é muito antiga. Epicuro, por volta de 300 antes de Cristo, já
desenvolvera a "ética do prazer" de Aristipo, segundo a qual o prazer
é o meio e ao mesmo tempo o fim da existência. A palavra de ordem dos epicureus
era "Viver o momento". Em nossos dias chamam-se epicuristas aqueles
que vivem pelo prazer.
Podemos
dizer que Elvis Presley, o chamado "Rei do Rock" era um epicurista.
Em sua famosa "It's now or never" ("É agora ou nunca") ele
cantava: "Dê-me um beijo, minha querida... Seja minha hoje à noite...
amanhã será muito tarde... é agora ou nunca... meu amor não poderá
esperar". O verdadeiro amor tudo espera, e quem crê não se apressa. O
"Rei", a par de suas muitas virtudes e de seu talento inquestionável, revelara-se um amante do prazer imediato e um
incrédulo.
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CONTINUA...
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