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terça-feira, 9 de julho de 2013

TEMPOS DE APOLOGIA AO PRAZER - Parte 1


("Disse Jesus: 'A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra'" - João 4:34; "Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus" - I Coríntios 10:31)


            O ser humano tem-se caracterizado notadamente pela busca do prazer. Velada ou não, essa é a motivação primordial da existência humana desde que o mundo é mundo de pecado. Na busca do sentido da vida ou da excelência naquilo que realiza o homem manifesta inequivocamente vontade inata e egoísta de sentir prazer ou de satisfazer seu ego plenamente. É algo que está, usando a expressão de KARL JUNG, no "inconsciente coletivo".
            JAMES HOUSTON associa tal característica à origem dos vícios: "Em termos neurológicos, os hábitos e as atitudes viciadas são facilmente incorporados à nossa constituição. Poderíamos chamar esse processo de "Viés Neurótico", pois é resultado de nosso desejo inconsciente de evitar a dor e de buscar o que é prazeroso nos campos físico e emocional. Podemos criticar Freud por ele ter exagerado o que ele chamou de "Princípio do Prazer", mas é certo que este constitui elemento vital na formação de qualquer vício. Da mesma forma que a matéria é puxada para baixo pela gravidade, assim também os seres humanos gravitam na direção daquilo que é prazeroso" ("A Fome da Alma", p. 73/74).
            Nesse pensar, é natural que o prazer seja elogiado e tenha lugar de proeminência entre os homens. Os tempos atuais se caracterizam, todavia, pela exacerbação dessa busca; pelo exagerado enaltecimento do prazer, o que se explica pela absoluta falta de sentido para a vida (característica marcante dos tempos do fim) ocasionada pelo completo abandono da Palavra de Deus, o próprio Cristo.
            Não é de se admirar, portanto, que a "Dave Matthews Band", uma das Bandas de Pop Internacional que mais dinheiro fatura com shows ao redor do mundo, cante em uma de suas músicas mais conhecidas: "Eat, drink, and be merry, for tomorrow we'll die" (Comamos, bebamos e nos casemos porque amanhã morreremos). Talvez ficássemos surpresos e escandalizados se a idéia fosse nova, mas de fato é muito antiga. Epicuro, por volta de 300 antes de Cristo, já desenvolvera a "ética do prazer" de Aristipo, segundo a qual o prazer é o meio e ao mesmo tempo o fim da existência. A palavra de ordem dos epicureus era "Viver o momento". Em nossos dias chamam-se epicuristas aqueles que vivem pelo prazer.
            Podemos dizer que Elvis Presley, o chamado "Rei do Rock" era um epicurista. Em sua famosa "It's now or never" ("É agora ou nunca") ele cantava: "Dê-me um beijo, minha querida... Seja minha hoje à noite... amanhã será muito tarde... é agora ou nunca... meu amor não poderá esperar". O verdadeiro amor tudo espera, e quem crê não se apressa. O "Rei", a par de suas muitas virtudes e de seu talento inquestionável, revelara-se um amante do prazer imediato e um incrédulo.
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CONTINUA...

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