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sexta-feira, 19 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 1


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)

  
          Nada parece ser mais triste do que uma miséria tal que envolva pobreza, nudez e cegueira. Alguém que assim se encontre é certamente digno de piedade. No texto em comento, esse alguém é nada menos do que o pastor da igreja em Laodicéia. E não apenas ele, mas também as suas ovelhas,  afinal "quais púlpitos, tais os bancos".
          A igreja em Laodicéia, conforme descrita no Apocalipse, é um "tipo" (*) da igreja dos tempos do fim (não estamos nos referindo à igreja que se auto denomina de "igreja dos santos dos últimos dias"). Sabemos, sem muito esforço exegético, que essa é a igreja da atualidade (note-se: igreja com "i" minúsculo, haja vista tratar-se de uma igreja meramente nominativa. Não se trata da verdadeira Igreja de Cristo). Considerando-se rica, abastecida e auto-suficiente, na realidade está ela desprovida da presença do Altíssimo e, por isso mesmo, encontra-se pobre, cega e nua. Sua condição de completa miséria decorre da presunção de ter tudo, quando na realidade nada possui. Diz pertencer a Deus, mas pertence ao diabo. Diz ser espiritual, mas é carnal. Diz ser viva, mas de fato está morta em seus delitos e pecados, porquanto desprovida da glória de Deus na pessoa de Cristo. Trata-se de uma igreja que não conhece o Deus a quem diz servir e pertencer. O quadro é triste, a visão é desoladora, a realidade espiritual que o tipo encerra é assustadora, principalmente quando vemos o seu antítipo por toda parte.
            O que uma igreja nessa condição precisa é da presença do Deus trino, o que fica patente no conselho dado por Jesus por intermédio do apóstolo João. Os três itens de que a igreja em Laodicéia tinha falta apontavam para a Trindade: OURO refinado pelo fogo, representando Deus-Pai; VESTES BRANCAS, representando Deus-Filho e; COLÍRIO, representando o Deus-Espírito. 

Ouro Refinado pelo Fogo
            
          Em Jó 22:25 lemos: "Então o Todo-Poderoso te será por ouro" ou, em outra versão, "o Todo-Poderoso será o seu ouro". No Tabernáculo que Deus ordenara a Moisés construir, várias peças de madeira eram revestidas de ouro, a exemplo das tábuas, do altar, da mesa dos pães da Presença e da Arca. O Tabernáculo era uma representação do próprio Cristo. A madeira representava Sua humanidade, e o ouro a Sua natureza divina. ADA HABERSHON observou com propriedade: "Era o Deus-homem; e o ouro, o divino, embora estivesse freqüentemente encoberto da vista, via-se no decurso da totalidade da vida de Jesus, nos milagres que operava e nas palavras que falava. No monte da transfiguração essa glória foi plenamente vista; e mesmo quando Jesus se humilhou e se tornou obediente à morte, à morte de cruz, o centurião e aqueles que estavam com ele disseram: 'Verdadeiramente este era Filho de Deus'". A natureza divina estava em Cristo, assim como está em todos aqueles que estão em Cristo, que são nascidos do Alto, que foram feitos filhos de Deus e participantes de Sua natureza.
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 (*) (em teologia "tipo" significa "representação")
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CONTINUA...
  







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