Nossos
dias são marcados por essa busca exacerbada do prazer imediato e efêmero, o que
só não é mais triste porque é cumprimento de profecia. Em MATEUS 24: 36 a 39
lemos: "Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, senão somente o Pai. Como foi nos dias de Noé, assim também será
na vinda do Filho do homem. Pois nos dias anteriores aos dilúvio, o povo vivia
comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé
entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a
todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem". Vemos tal
profecia reproduzida em LUCAS 17: 26 a 30 nos seguintes termos: "Assim
como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia
comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé
entrou na arca. Então veio o Dilúvio e os destruiu a todos. Aconteceu a mesma
coisa nos dias de Ló. O povo estava comendo e bebendo, comprando e vendendo,
plantando e construindo. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e
enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá exatamente assim
no dia em que o Filho do homem for revelado". Nota-se que bem
antes das teorias de Epicuro a mente acentuadamente voltada para o prazer já
era peculiar à humanidade, sendo a causa de sua destruição. O que motiva o homem natural é o que também o destrói.
G.
H. PEMBER, em sua clássica obra "AS ERAS MAIS PRIMITIVAS DA
TERRA" traça um interessante paralelo entre os dias de Noé e os dias
atuais, que no caso do autor correspondia ao início do século XIX. Ele faz
uma análise dos dias de Noé e traça 4 características básicas: 1a.) AUMENTO
RÁPIDO DA POPULAÇÃO; 2a.) O CRESCIMENTO DA CIÊNCIA; 3a.) CORRUPÇÃO e
DERRAMAMENTO DE SANGUE POR TODA PARTE; 4a.) OS HOMENS COMIAM, BEBIAM,
CASAVAM-SE e DAVAM-SE EM CASAMENTO. Prova-se, dessa análise, que a história é
cíclica e que o ser humano, sob o aspecto moral, não melhora com o passar do
tempo. O que marcava os tempos de Noé e de Ló são traços bem delineados da humanidade
quase 6.000 anos depois. O autor conclui sua narrativa da seguinte maneira:
"Dolorosa foi a prova de que o homem, se não for contido, e deixado aos
próprios desejos, não será capaz de recuperar sua inocência, mas seguirá
totalmente o caminho da sensualidade e da ímpia
vontade própria até encontrar-se engolfado no abismo da perdição" (pg.
218 - destacamos).
É
muito feliz a expressão "ímpia vontade própria", o cerne da natureza
pecaminosa que aumenta em proporção direta ao aumento populacional. A diferença
está toda aí: na vontade. Enquanto Cristo se alimentava de fazer a vontade de
Deus, o homem natural morto em delitos e pecados se alimenta de sua própria
vontade, e esta movimenta-se em direção à satisfação dos desejos dos olhos, dos
desejos da carne, e da soberba da vida. Como disse JOÃO em sua primeira carta,
essas coisas são do mundo, não de Deus: "Pois tudo o que há no mundo -
a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do
Pai, mas do mundo" (I JOÃO 2:16).
__________
CONTINUA...
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