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quinta-feira, 11 de julho de 2013

TEMPOS DE APOLOGIA AO PRAZER - Parte 3


            Ao comentar a clássica obra de Dostoiévsky, "Os Irmãos Karamazov", JAMES HOUSTON pondera: "O personagem que mais nos ajuda a compreender a natureza do vício é Zossima, o viciado convertido. Ele reconhece que é 'a interpretação da liberdade como a multiplicação e a rápida satisfação dos desejos' que leva 'os homens a distorcerem sua própria natureza, pois assimilam muitos desejos e hábitos insensatos e descabidos, muitas fantasias ridículas. Vivem para invejar uns aos outros, buscar o luxo e a ostentação'". O personagem indicado então pergunta: 'Como pode um homem livrar-se de seus hábitos? Qual será o fim de alguém que já está tão escravizado pelo hábito de satisfazer os inúmeros desejos que criou para si mesmo? Ele está isolado, e que importa a ele o que possa acontecer com o resto do mundo? Pessoas como ele conseguiram acumular um maior volume de bens, mas a alegria no mundo tem diminuído'. A resposta HOUSTON apresenta ao analisar o tema da obra de Dostoiévisky: "O tema que perpassa todo o romance são as palavras inscritas no intróito, as palavras de Cristo: 'o grão de trigo tem de morrer para que possa dar fruto'. Temos de morrer para nossa vida viciada, a fim de que possamos apossar-nos da vida que nos é dada pela ressurreição de Cristo" (ob. cit., p. 87/88).
            Vislumbra-se neste ponto a solução para os vícios do mundo, para o vício do prazer, e para o germe do pecado que nos torna escravos de nós mesmos e deste sistema mundial falido. Ao invés de buscarmos satisfação na comida, na bebida, nas concupiscências do mundo, devemos buscar a satisfação, a suficiência e a excelência em Cristo. Cristo não é apenas o sentido da vida; Ele é a própria vida. Assim, a verdadeira comida e a verdadeira bebida são a Sua carne e o Seu sangue: JOÃO 6: 48 a 58. Jesus é o "pão que desceu do céu". Quem dele come vive eternamente. Esse Pão é a Sua carne, representando assim o Seu morrer e a nossa união eterna com Ele na morte e ressurreição. Só depois que cremos que fomos mortos com Ele e que estamos vivos nEle para Deus podemos nos alimentar dEle. Antes disso, comemos, bebemos, buscamos prazer e divertimento para o momento; estamos em busca do nosso próprio deleite em obediência à nossa ímpia vontade escravizada pelo pecado. Contudo, se estivermos unidos com Cristo, passaremos a comer, beber, e a fazer todas as demais coisas para a glória de Deus. Essa experiência fica clara quando Jesus explica que comer é ir a Ele, e beber é crer nEle (JOÃO 6:35). Só podemos ir a Ele e crer nEle se o Pai nos conceder tal graça (JOÃO 6: 29 e 44). Após nossa vivificação, nossa redenção subjetiva, passamos a crer como Paulo (não mais eu, mas Cristo em mim), por causa do Espírito Santo que em nós passa a habitar (I JOÃO 4:13).
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CONTINUA...

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