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sábado, 16 de março de 2013

A FÉ É DOM DA GRAÇA - Parte 7

("Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie" - Efésios 2: 8 e 9)


 A fé que salva

            De tudo isso concluo, em resposta à pergunta que sugeri, que se você ainda não nasceu de novo, isto é, se não foi regenerado, se não foi vivificado pelo Espírito Santo, se não houve troca de natureza em você, se o seu "eu" ainda domina seu coração, você certamente permanece na incredulidade. A sua suposta fé não lhe salvou; apenas fê-lo membro de uma agremiação religiosa.

            L. R. SHELTON JR., com muita propriedade, pondera:

            "A razão por que a maioria das pessoas supõem que todos os que fazem uma decisão por Cristo e uma profissão de fé nEle são salvas, é porque não acreditam que a verdadeira fé salvífica é um dom de Deus ao pecador mediante o seu Espírito (Ef 2.8). É universalmente suposto que a fé salvífica nada mais é do que um ato da vontade humana, que qualquer homem é capaz de realizar. Acredita-se que tudo quanto é necessário para a salvação é trazer diante do pecador uns poucos versículos das Escrituras que descrevem sua condição de perdido, mais alguns que contêm a palavra "crer"; segue-se um pouco de persuasão para ele "aceitar a Cristo", e a obra está feita!
            Fico aflito ao ver tantas pessoas que foram persuadidas a crer que foram salvas quando, na realidade, sua fé brotou de nada mais do que um processo superficial da lógica. Vejo um problema da falsa segurança que está totalmente baseada numa fé que brota do raciocínio carnal.
            (...) Alguém me responderá rapidamente com João 1.12, que diz: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome". É verdade; mas aquele trecho das Escrituras não termina aí. Há ponto e vírgula àquela altura, e o restante da frase diz: "... os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."
            Veja bem: a salvação vem do Senhor. A fé salvífica é um dom de Deus: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9). Por quê? porque estamos lidando com pecadores depravados cuja vontade é mantida no cativeiro por um coração depravado, e um coração depravado que ama o pecado nunca quer vir a Cristo. Lemos em João 5.40: "Contudo não quereis vir a mim para terdes vida". Por que não? porque pela sua própria natureza o pecador não vem a Cristo, nem abandona os seus pecados, nem se arrepende deles, nem se submete à autoridade de Cristo à parte de uma obra da graça divina no seu coração.
            Conhecendo a profunda depravação do coração humano, nosso Senhor Jesus disse em João 6.44: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer". Sei que essas palavras são totalmente diferentes do evangelismo nos dias de hoje, mas trata-se da Palavra de Deus.
            (...) Para ser aceito por Cristo, não somente devo chegar-me a Ele, renunciando toda a minha própria justiça (Rm 10.3) como mendigo de mãos vazias (Mt 19.21), mas também devo abandonar minha voluntariedade e rebeldia contra Ele. Devo beijar o Filho para que não se irrite (Sl 2.12); devo confessar e abandonar meus pecados (Pv 28.13); devo abandonar meu caminho perverso e meus pensamentos iníquos (Is 55.7). Só o poder de Deus e a graça de Deus podem operar tal coisa. Por quê? Porque a natureza humana não fará nada disto. Deve, portanto, haver uma entrega de mim mesmo à autoridade de Deus mediante o poder do Espírito Santo (Sl 110.3)".
            O autor conclui com a seguinte colocação: "Uma verdadeira fé salvífica em Cristo consiste em curvar-se diante da autoridade da Palavra de Deus, em chegar-se para Cristo e abandonar seu próprio caminho, em entregar a totalidade do nosso ser ao seu Senhorio, e em obedecer-Lhe de todo o coração" ("A Decisão Por Cristo - O Que Isto Significa?", ed. Fiel, 4a. edição, São José dos Campos-SP, 1999, pp. 88, 89 e 90 - os destaques em itálico constam do original).
            Como fez o supracitado autor, ao final de sua obra que vem de ser lida, eu pergunto: Você tem experiência dessa fé?. Se tem, não tem de que se gloriar, nem pode querer louvar outra coisa senão a gloriosa graça de Deus que o salvou.
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CONTINUA... 


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