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quinta-feira, 14 de março de 2013

A FÉ É DOM DA GRAÇA - Parte 5


("Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie" - Efésios 2: 8 e 9)



Para o louvor da Sua gloriosa graça

            No início da carta aos Efésios, lemos uma declaração de fé e uma aula de soteriologia, da parte de Paulo, nos seguintes termos: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos, por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado" (Efésios 1: 3 a 6). É certo que só herdarão o reino de Deus aqueles que forem adotados como filhos, em Cristo. Mas, para que somos adotados? Para o louvor da Sua gloriosa graça. Deus faz tudo por graça e para o louvor dela. A graça de Deus é ao mesmo tempo meio e fim. A graça não é barata, pois custou o sangue do próprio Filho de Deus. Com efeito, "nele (no Amado) temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade, a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para o louvor da sua glória. Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória" (Efésios 1: 7 a 14 - o comentário entre parêntesis não consta do original).

            THOMAS ASCOL, a respeito desse trecho da carta aos Efésios, comenta:

            "Três vezes, nesses versículos, Paulo expressou louvor em conexão com a glória de Deus (vv. 6, 12 e 14). Em cada instância, ele estava contemplando um aspecto de nossa salvação trinitária. Deus, o Pai, nos elegeu "para louvor da glória de sua graça". Deus, o Filho, nos redimiu "a fim de sermos para louvor da sua glória". Deus, o Espírito Santo, nos selou "em louvor da sua glória" ("O Diagnóstico e a Igreja Moderna", Revista "Fé para Hoje", nº. 9, 2001, p. 5).
            A graça é instrumento da vontade de Deus, a qual conduz o homem a glorificá-lO pelo que Ele é e pelo que Ele faz. Se entendermos que o homem tem o mérito da fé, que esta é condição ou preço a ser pago por nós para entrada no reino de Deus, estamos destruindo a graça ao invés de louvá-la. A graça torna-se barata, parcial, inócua, pois que reduzida a nada, conforme demonstrado no início deste estudo. Em Isaías Deus declara: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor" (Isaías 42:8). Só quando começamos a entender o caráter soberano de Deus e nos submetemos a Ele, podemos dizer como o Salmista: "Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade" (Salmos 115:1).
            Em João 1: 10 a 13, lemos: "Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus". Por que cremos? Porque nascemos de novo, do alto, da Palavra e do Espírito Santo, pela vontade de Deus, não pela vontade do homem, não por nossa própria vontade. Se não nascemos espiritualmente por nossa própria vontade, e se a regeneração precede a fé, só podemos crer se recebermos a graça de Deus. Nada podemos fazer para salvar-nos, exceto clamar pela misericórdia, pela graça de Deus, a qual envolve todas as coisas concernentes à salvação, inclusive o principal, que é a manifestação e a manutenção da vida de Cristo em nós. Se assim entendermos e assim procedermos, estaremos nos submetendo à vontade de Deus e buscando a glória dEle.
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CONTINUA...



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