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sexta-feira, 15 de março de 2013

A FÉ É DOM DA GRAÇA - Parte 6


("Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie" - Efésios 2: 8 e 9)

Reduzindo o pouco a nada

            Em I Coríntios 1: 31, lemos: "Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele. É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção, para que, como está escrito: "Quem se gloriar, glorie-se no Senhor"" (grifamos).

            A graça da vida de Cristo em nós como iniciativa de Deus tem por escopo justamente isto que conclui Paulo: a glória de Deus. Se tivermos de nos gloriar, será no Senhor. Afinal, o propósito de Deus é fazer convergir em Cristo todas as coisas (Efésios 1:10 e Colossenses 1: 15 a 20). Se você não concorda com a graça plena porque ela retira completamente o seu mérito na salvação, quero dizer-lhe que é para isso mesmo que ela serve, quer você aceite ou não. Deus reduz a nada o nosso "eu" para que em nós se manifeste a vida de Seu Filho. Ele reduz a nada o que é (seja pouco ou muito), para que ninguém se glorie diante dEle.

A incapacidade humana de crer

            Nesse ponto, pode surgir no íntimo de alguns esta indagação: "E o que significa a minha fé, a minha decisão por Cristo?". Antes de responder a essa questão, quero esclarecer um ponto muito importante: o homem natural, morto em pecados, isto é, nascido na carne, escravo de sua natureza pecaminosa, não pode crer porque o "pecado original" é exatamente a incredulidade. Uma das palavras do grego que define "pecado" é o vocábulo harmatiós que significa "pecar contra Deus e o semelhante por incredulidade", conforme nos ensina o irmão LUIS CARLOS DOS SANTOS em seu estudo "Pecado I". Explica ele que este "é o pecado por princípio, porque o estado e a natureza da pessoa são pecaminosos. Este é o pecado denominado de original pelo qual o homem teve seu espírito corrompido e, por conseqüência, erra o alvo estabelecido por Deus ao homem".
            Na Bíblia de Estudo de Genebra encontramos semelhante explicação nos comentários ao texto de Salmos 51:5, sob o título "Pecado Original e Depravação Total", nos quais lemos: "A doutrina do pecado original nos diz que nós não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores, nascidos com uma natureza escravizada ao pecado. A expressão "depravação total" é comumente usada para tornar explícitas as implicações do pecado original. Significa a corrupção de nossa natureza moral e espiritual, que é total em princípio, ainda que não em grau (porque ninguém é tão mau quanto poderia ser). Nenhuma parte de nosso ser está isenta de pecado, e nenhuma das nossas ações é tão boa quanto devia ser. Em conseqüência, nada do que fazemos é meritório aos olhos de Deus. Não podemos ganhar o favor de Deus,  pouco importando o que fazemos; se a graça não nos salvar, estamos perdidos. Depravação total inclui incapacidade total, o que significa não ter poder para crer em Deus ou na sua palavra" (sublinhamos). De fato, se é certo que os que são dominados pela carne não podem agradar a Deus (Romanos 8:8), como poderiam estes crer? Ora, sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6); na carne também não podemos fazê-lo. Logo a solução é viver pelo Espírito, o que só é possível após a vivificação. Observe as palavras do próprio Jesus, ao falar a respeito da obra do Espírito Santo, em João 16: 8 e 9: "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque os homens não crêem em mim"
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CONTINUA...

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