("O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que
não der bom fruto será cortada e lançada no fogo" – Mateus 3:10 NVI)
Árvores
e frutos relacionam-se como fonte e produto. O fruto é produto que depende da
fonte, que é sua árvore originária. Em decorrência, conforme disse Jesus, "não
pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos
bons" (Mateus 7:18). No contexto do versículo citado, a figura foi
utilizada em relação aos falsos profetas, sobre os quais advertiu o Filho de
Deus para que estivéssemos atentos, pois são lobos devoradores com vestes de
cordeiro (Mateus 7:15). Trata-se, entretanto, de figura que ilustra também a
natureza do homem. Os falsos profetas são árvores más; qualquer ser humano, em
sua natureza original, também o é. Por isso mesmo Jesus declarou: "Ou
fazei a árvore boa e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má e o seu fruto mau,
pois pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis dizer coisas
boas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O
homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro
tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens
proferirem hão de dar conta no dia do juízo. Pois pelas tuas palavras serás
justificado e pelas tuas palavras serás condenado" (Mateus 12: 33
a 37).
Tiago
indagou: "Meus irmãos, acaso pode uma figueira produzir azeitonas, ou
uma videira figos? Tão pouco pode uma fonte de água salgada dar água doce"
(Tiago 3:12). Isso ele disse referindo-se à impossibilidade de proceder da
mesma boca benção e maldição (versículo 10), pois de uma mesma fonte não podem
jorrar ao mesmo tempo água doce e salgada (versículo 11).
Fonte
e produto é o princípio aí destacado, que se encontra igualmente presente na
figura das árvores e dos frutos. Convém, por minha conta e risco, indagar: Que
tipo de árvore você é? Que fruto você está produzindo? Não se engane com a
aparência, pois Deus conhece o seu interior, o seu íntimo, e Ele não se deixa
escarnecer, pois "tudo o que o homem semear isso também ceifará"
(Gálatas 6:7). Podemos enganar a todos ao nosso redor, inclusive a nós mesmos,
mas Deus vê todas as coisas e conhece o nosso pensamento e a intenção do nosso
coração. Jeremias chegou a exclamar: "O coração é mais enganoso que
qualquer outra coisa, e sua doença é incurável. Quem é capaz de
compreendê-lo?". A resposta: "Eu sou o Senhor que sonda o
coração e examino a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua
conduta, de acordo com as suas obras" (Jeremias 17: 9 e 10 - NVI).
(continua...)
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