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terça-feira, 27 de novembro de 2012

ÁRVORES E FRUTOS - Parte 2


         Portanto, precisamos ser árvores boas para dar frutos bons. Não é possível imaginarmos que nossas obras são boas se o nosso coração é mau; que o nosso falar e nossas obras não nos fazem reprovados, se nunca experimentamos uma troca de coração. A fonte precisa ser boa, e para isso tem de haver uma transformação porque por natureza toda árvore é má. Normalmente, as árvores más que supostamente produzem frutos bons são os religiosos. A religião, como iniciativa do homem em relação a Deus à parte da graça de Deus, é um grande engano. No tempo de Jesus, os religiosos foram duramente criticados por Ele, sendo o principal grupo deles, que mais se gabava de serem árvores boas, constituído pelos fariseus, sobre os quais Jesus declarou: "Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito: Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mateus 15: 7 a 9).
         Aí vemos que o que realmente importa é o coração, não a aparência nem as palavras consideradas em si mesmas. A confissão dos lábios nem sempre revela o que está dentro do coração do confessor ou as suas reais intenções. As igrejas cristãs, de um modo geral, estão repletas de religiosos e de pretensos adoradores, que falam como se fossem árvores boas, mas cujo coração ainda não foi transformado. Precisamente a esse tipo de pessoas se dirigiu Tiago dizendo que não pode jorrar benção e maldição da mesma boca, isto é, a adoração que é feita e o louvor que é prestado em locais considerados próprios para isso são muitas vezes desmentidos pela conversa torpe em outros locais e ocasiões, nos quais apresenta-se o pretenso adorador ou religioso despido de sua capa, de suas vestes, de sua máscara, revelando com a boca o que há em abundância em seu coração. Todavia, uma pessoa que assim procede é um paradoxo ambulante, um hipócrita.
         Jesus foi enfático: "O que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca" (Mateus 15:11). Não entendendo os seus discípulos, naquela ocasião, o que isso significava, Ele explicou: "Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora? Mas o que sai da boca procede do coração, e é isso o que contamina o homem. Pois do coração procedem maus pensamentos, assassínio, adultério, prostituição, furto, falso testemunho, blasfêmia. São estas coisas que contaminam o homem" (Mateus 15: 17 a 20-a).
         A palavra que sai da boca do homem é que o contamina. Em outros termos, a água que jorra da fonte revela a natureza dessa fonte. Não queira parecer um filho de Deus sem ter a fonte transformada, do contrário sua própria boca o trairá, como também as suas atitudes. Temos de ser sinceros nessa questão mais do que em qualquer outra. Não se importe com a opinião alheia. Peça a Deus que sonde o seu coração, como pediu o salmista: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno" (Salmos 139: 23 e 24). Não queiramos ser como os fariseus, aos quais Jesus chamou de "sepulcros caiados", os quais na aparência exterior são muito belos, mas por dentro estão cheios de sujeira e podridão.


(continua...)

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