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segunda-feira, 11 de julho de 2011

DEVER, PODER E QUERER - Parte 6

            O Deus da Palavra não age assim. Isso Ele nos revela nas seguintes declarações: “O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso; o Senhor não deixará impune o culpado” (Naum 1:3-a); “Absolver o ímpio e condenar o justo são coisas que o Senhor odeia” (Provérbios 17:15); “O Senhor é muito paciente e grande em fidelidade, e perdoa a iniqüidade e a rebelião, se bem que não deixa o pecado sem punição” (Números 14:18-a). Logo, se Cristo tivesse morrido pelo pecador, e este permanecesse ileso, Deus seria injusto e mentiroso. Todavia, a Palavra revela a justiça de Deus por meio do Evangelho (Romanos 1:17), e este declara que Cristo morreu na cruz, mas o pecador morreu juntamente com Ele (João 12: 32 e 33). A condição de morto para o pecado e vivo para Deus (Romanos 6: 10 e 11) é transmitida em Cristo a todo aquele que foi regenerado, isto é, que foi gerado novamente, desta feita não mais do cruzamento de espermatozóide e óvulo humanos, mas da ação conjunta da Palavra de Deus e do Espírito Santo (João 3: 1 a 21).
            O único que poderia passar pela morte de cruz sem ser retido por ela transmite a todo o que crê a Sua vida. Ninguém pode morrer por conta própria, nem muito menos viver uma vida ressurreta. Ademais, se não nascemos na carne segundo a nossa vontade, mas segundo a vontade de nossos pais, na vida espiritual tal realidade se verifica, de sorte que somos feitos filhos de Deus segundo a vontade dAquele que nos gerou (João 1:10 a 13).
            Na segunda etapa da salvação não há mais condenação. A sentença de morte já não pesa sobre nós, uma vez que já foi cumprida no corpo de Cristo. Por essa morte da qual nos tornamos participantes somos justificados, mediante a fé. Agora, o que nos é exigido é CRUZ DIÁRIA, NEGAÇÃO DO “EU”, SUBMISSÃO DA VONTADE e OBEDIÊNCIA. Não é preciso digressões para concluir que todas essas exigências da vida cristã são impraticáveis do ponto de vista humano.
            Na salvação do poder do pecado, que se dá no âmbito da alma, temos o desenvolvimento da vida de uma pessoa em nós, por isso a chamamos de vida cristã: é a vida de Cristo. Na vida do “eu” podemos dizer que nos desenvolvemos pelo cuidado inicial de nossos pais e tutores e, posteriormente, pelo nosso próprio cuidado com nossa subsistência e desenvolvimento físico, mental e sentimental. Agora, no homem espiritual, tais aspectos continuam precisando de cuidados, mas eles não constituem a essência do ser. O viver do homem espiritual é Cristo, e o morrer já não é prejuízo, pois ele vive no plano do eterno, não do efêmero. O homem natural deposita suas forças, riquezas e esperanças em coisas e pessoas deste mundo. Sua vida está confinada no tempo e no espaço à realidade visível e material. Já o homem espiritual tem uma viva esperança, isto é, uma esperança que não se apaga com as circunstâncias, nem com o advento da morte física. Essa esperança é Cristo. Ela é viva e eterna porque Cristo é a própria vida eterna. 
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CONTINUA...

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