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domingo, 26 de maio de 2013

DE INSACIÁVEIS A INSATISFEITOS - Parte 5

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            Trago, por fim, outras declarações humanas que me parecem ser relevantes reconhecimentos de insatisfação com o pecado:

JOHN BRADFORD, que foi martirizado no reinado de Maria, a sanguinária, em uma carta dirigida a um amigo que estava em outra prisão, subscreveu-se com as seguintes palavras: "O pecaminoso John Bradford, um hipócrita notável, o pecador mais miserável, de coração endurecido e ingrato" (1555).

SAMUEL RUTHEFORD escreveu: "Este corpo de pecado e de corrupção torna amargo e envenena nosso regozijo. Oh! Se eu estivesse onde nunca mais pecarei!" (1650).

JONATHAN EDWARDS, a respeito de DAVID BRAINERD, relatou: "Sua iluminação, suas afeições e seu conforto espiritual parecem ter sido, em grande medida, acompanhadas por humildade evangélica; consistiam em um senso de sua completa insuficiência, de sua vileza e de sua própria abominação; Quão profundamente Brainerd foi afetado quase continuamente por seus grandes defeitos na vida cristã; por sua ampla distância daquela espiritualidade e daquela disposição mental que convém a um filho de Deus; por sua ignorância, seu orgulho, sua apatia e esterilidade! Ele não foi somente afetado pela recordação dos pecados cometidos antes de sua conversão, mas também pelo sentimento de sua presente vileza e corrupção. Brainerd não se mostrava apenas disposto a considerar os outros crentes melhores do que ele mesmo e a olhar a si mesmo como o pior e o menor de todos os crentes, mas também, com muita freqüência, a ver a si mesmo como o mais vil e o pior de todos os homens".

JONATHAN EDWARDS, sobre si mesmo, nos últimos dias de vida, anotou: "Quando olho para meu coração e vejo a sua impiedade, ele parece um abismo infinitamente mais profundo do que o inferno. E parece-me que, se não fosse a graça de Deus, exaltada e elevada à infinita sublimidade de toda a plenitude e glória do grande Jeová, eu deveria comparecer, mergulhado em meus pecados, nas profundezas do próprio inferno, muito distante da contemplação de todas as coisas, exceto do olhar da graça soberana, que pode destruir tal profundeza. É comovente pensar o quanto eu ignorava, quando era um crente novo, a profunda impiedade, orgulho, hipocrisia e engano deixados em meu coração" (1743).

AUGUSTUS TOPLADY, autor do hino "Rocha Eterna", escreveu as seguintes palavras: "Ao fazer uma retrospectiva deste ano, desejo confessar que minha infidelidade tem sido excessivamente grande, e meus pecados, ainda maiores. Todavia, as misericórdias de Deus têm sido maiores que ambos. Minhas falhas, meus pecados, minha incredulidade e minha falta de amor me afundariam no mais profundo inferno, se Jesus não fosse minha justiça e meu Redentor" (1767).

JOHN NEWTON, o escritor do bendito hino "Amazing Grace" (Maravilhosa Graça), afirmou: "Infelizmente, essas minhas preciosas expectativas se tornaram como sonhos dos mares do Sul. Vivi neste mundo como um pecador e creio que assim morrerei. Eu ganhei alguma coisa? Sim, ganhei aquilo com o que antes eu preferia não viver! Essas provas acumuladas do engano e da terrível impiedade do meu coração me ensinaram, pela bênção do Senhor, a compreender o que significa dizer: vejam eu sou um homem vil... Eu me envergonhava de mim mesmo, quando comecei a procurar a bênção do Senhor; agora, eu me envergonho ainda mais".

            Será possível julgarmos tais declarações como de pessoas "insaciáveis no pecado"? Certamente não. Não sabemos até quando seremos tratados por essa graça, mas sabemos que ela nos revelará até o dia de Cristo quão santo Deus é, e quão miseráveis nós somos, de maneira que nos reconheçamos cada vez mais "vasos de barro" para que saibamos que a excelência do poder vem de Deus, que nos deu tão precioso Tesouro: a vida de Cristo em nós. Só Cristo pode nos libertar do corpo do pecado (o espírito morto) e do corpo dessa morte (nosso corpo mortal). Só nEle está a nossa glória, pois só Ele é a nossa paz, felicidade e satisfação. "Graças a Deus por Jesus Cristo", pois só nEle temos completa libertação.
            A insaciável avidez pelo pecado se torna insatisfação com o pecado pela suficiência da obra e da vida de Cristo em nós, para que possamos entender que o homem só pode satisfazer-se verdadeiramente em Cristo. Amém!

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