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sexta-feira, 24 de maio de 2013

DE INSACIÁVEIS A INSATISFEITOS - Parte 3

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                         CHARLES STANLEY comenta:

            "Você não pode dizer "quando estávamos na carne", a menos que tenha sido libertado daquele estado. Você não pode dizer "quando estávamos em Londres", a menos que tenha saído de lá. É muito importante entender isto. Com freqüência pergunta-se: Será que esta parte do capítulo 7 trata da experiência apropriada a um cristão? Certamente que não, pois se fosse, não estaria dizendo "quando estávamos na carne". Pode ser, como logo veremos, a experiência pela qual a maioria, se não todos, os cristãos já passaram. Mas costuma-se dizer que esta é a experiência de um inconverso. Tampouco pode ser isto; pois os inconversos não têm prazer na lei de Deus no homem interior (Romanos 7:22). Trata-se, evidentemente, da experiência de uma alma vivificada, nascida de Deus, uma nova criatura que se apraz na lei de Deus no homem interior; mas alguém que ainda continua debaixo da lei, e ainda não aprendeu o que é a libertação pela morte.
            O correto seria dizermos que a experiência descrita do versículo 5 ao 24 é a miserável experiência de uma pessoa nascida de Deus, se for colocada debaixo da lei. E quando nos lembramos de quantos cristãos estão exatamente nesta condição, não é de se estranhar que tantos sintam-se tão miseráveis. Portanto devemos entender que as palavras "porque, quando estávamos na carne", significam quando estávamos na carne sob o primeiro marido, a lei. A lei só pode se dirigir ao homem como a um que está vivo. Era assim que ela considerava o homem, ordenando e exigindo obediência, se fosse o caso de alguém sujeito a ela e vivo na carne. Uma vez morto, todos os mandamentos e exigências cessam. Você não pode dizer a um homem morto para amar a Deus ou ao seu próximo; mas enquanto estiver vivo em uma natureza que só pode pecar, o mandamento só produz transgressão. A lei devia requerer justiça; mas como o homem não era justo, porém culpado, ela tornou-se assim um ministro de justiça e morte.
            Todavia, a porção do cristão é esta: considerar-se morto com respeito à carne, mas vivo para Deus. Uma vida inteiramente nova, proveniente de Deus".

            E, arremata:

            "Somente uma alma libertada pode entender a horrível experiência descrita no que se segue. O inconverso ou o iludido fariseu nada sabem acerca dessa amarga experiência. Trata-se exatamente da ocasião em que a nova e santa natureza foi implantada, e junto com ela o profundo anseio por uma verdadeira santificação; para então descobrir não ter poder na carne para fazer aquilo que desejaríamos. Sim, a lei do pecado e da morte é como um senhor de escravos, e não há poder para fugir dele. E quanto mais tentarmos guardar a lei, dirigida a homens como vivos na carne, mais profunda será a miséria de fazermos as mesmas coisas que a nova e santa natureza tanto odeia. Sim, algo que não traria nenhuma dificuldade para um inconverso, ou para um que não é nascido de Deus, enche a alma vivificada de intensa miséria" ("VIDA ATRAVÉS DA MORTE", p. 70, 71 e 72).
 
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            Embora regenerada no espírito, a nova criatura em Cristo está em processo de santificação na alma, até quando seu corpo será glorificado, transformado à semelhança dAquele que o vivificou. A Palavra (que é Cristo) e o Espírito Santo são os agentes coadjuvantes nesse processo; e, nós, os recipientes ou receptáculos dessa ação libertadora.
            Quem demonstra ser insaciável no pecado ainda não passou por nenhuma etapa desse processo, que começa, de acordo com a vontade de Deus, com o querer dEle, pelo qual começamos a nos sentir insatisfeitos com o pecado. Uma vez insatisfeitos, uma vez notória e patente a nossa condição de escravos, o querer de Deus também efetuará o desejo de libertação verdadeira. Quem ainda permanece morto no pecado não consegue perceber a sua escravidão e, portanto, não pode desejar a verdadeira libertação do Filho de Deus. Na verdade, ele acaba supondo que já está liberto, a par da obra do Calvário. Um exemplo claro disso está registrado em João 8: 31 a 47, passagem em que vemos alguns religiosos que sequer se consideravam escravos do pecado, e se auto-intitulavam filhos de Deus, simplesmente porque eram filhos de Abraão segundo a carne. Nada obstante, o que é nascido da carne, é carne. O que o homem precisa é do nascimento que vem do Espírito Santo para que seu espírito, antes morto, tenha Vida, a vida de Cristo.
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CONTINUA...

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