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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ÚLTIMOS QUE SÃO PRIMEIROS - Parte 1

("Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos" - Mateus 20:16)
 

           Dentre as frases intrigantes (sob o ponto de vista humano) de Jesus, encontramos esta que nos serve de texto-base. Em algumas passagens dos evangelhos o Filho de Deus cuidou de lançá-la, como se vê a seguir: "Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros"- Mateus 19:30; "Contudo, muitos primeiros serão últimos, e os últimos serão primeiros" - Marcos 10:31; "De fato, há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos" - Lucas 13:30. Vemos, portanto, que se trata de uma verdade que se tornou enfática nos ensinamentos de Jesus, pois dela lançou mão repetidas vezes e em ocasiões distintas. Se tivesse afirmado apenas uma vez, já nos causaria curiosidade. Mas, como vemos, a verdade foi reafirmada e confirmada. Alguns, como fiz eu, se perguntam: o que significa "últimos que serão primeiros"?
            Não há registro nos evangelhos que revelem claramente o significado da assertiva. Nada obstante, Jesus deu uma dica importante ao usar a frase ao final da "parábola dos trabalhadores", a respeito da qual já tivemos oportunidade de escrever sob o título "Trabalhadores Sem Graça". A referida parábola trata da graça de Deus, da participação em Seu Reino, tendo Jesus deixado claro que os agraciados são aqueles que foram os "últimos" a serem chamados, mas os "primeiros" a serem recompensados, figurativamente querendo significar que foram os primeiros a entrar no "descanso do Senhor". Bem por isso Jesus declarou: "Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus" (Mateus 21:31). Quem eram esses "vocês"? Certamente os judeus. Jesus veio para o que era seu, a saber, o povo Judeu. Mas os seus não o receberam, de maneira que "aos que o receberam (tanto gentios quanto judeus) deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne, nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus" (João 1: 12 e 13 - comentamos).
            O que fica patente aqui é que a graça é para aqueles que se consideram falidos (tanto gentios quanto judeus). Os judeus, como povo, se consideravam escolhidos, mas julgavam-se tão importantes que queriam ser melhores do que o Filho de Deus e do que o próprio Deus, estribando-se nas leis, nas obras e nos próprios méritos, no alto conceito que faziam e fazem de si mesmos. Portanto, embora a promessa de Cristo tenha-se cumprido por intermédio dos judeus, os gentios estão tendo o privilégio de entrarem antes deles no Reino de Deus, por causa da graça soberana de Deus.
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CONTINUA...

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