Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A GLÓRIA DA SANTIFICAÇÃO - Parte 2 de 4


            DeVern Fromke explica que a salvação do homem envolve 4 estágios: 1°.) a libertação da punição do pecado (morte); 2°.) a libertação da tirania do pecado (escravidão); 3°.) a libertação do poder do pecado (lei); 4°.) a libertação da presença do pecado (quando recebermos a redenção do corpo). Em todas essas etapas, a ação de Deus é soberana, graciosa e eficaz. O homem nada pode fazer para obter a redenção, a libertação, a santificação ou a glorificação.
            No aspecto da santificação, o homem é tão impotente quanto no que diz respeito à redenção. Se o homem pudesse fazer algo para salvar-se a morte de Jesus seria desnecessária. De igual modo, se a santificação pudesse ser operada pelo próprio homem, quão desgraçado ele seria! Inócuas são todas as tentativas de o homem santificar-se. A santificação é obra da graça divina, operada mediante a vivificação pela Palavra de Deus: "Este é o meu consolo no meu sofrimento: a tua promessa dá-me vida" (Salmos 119:50); "Conforme as tuas ordens, tudo permanece até hoje, pois tudo está a teu serviço. Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído. Jamais me esquecerei dos teus preceitos, pois é por meio deles que preservas a minha vida" (Salmos 119:93); "Passei por muito sofrimento; preserva, Senhor, a minha vida conforme a tua promessa" (Salmos 119:107); "Dirige os meus passos conforme a tua Palavra, e não permitas que nenhum pecado me domine" (Salmos 119:133). Se somos regenerados pela Palavra, também por ela somos santificados. A santificação é, pois, um estágio da salvação operado pela graça, pela manifestação da Palavra de Deus, da verdade, da vida de Cristo em nós: "Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida" (Romanos 5: 10 e 11).
            Tenho aprendido uma verdade que me consola: Deus não me fará mais santo do que Ele quer que eu seja. Paulo é um exemplo claro disso. Conquanto muito se especule sobre o que seria o "espinho na carne" do apóstolo, o que interessa notar de sua experiência é que esse seu problema não lhe agradava, e ele instava com Deus para que o espinho fosse retirado. A resposta de Deus talvez não tenha sido aquilo que Paulo esperava, mas certamente foi aquilo de que ele necessitava: "A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (II Coríntios 12:9-a). É necessário que entendamos o quanto somos fracos e incapazes de produzir por conta própria qualquer "fagulha de santidade". É preciso entendermos que Cristo foi feito por Deus para nós não apenas redenção, mas também sabedoria, justiça e santificação (ou santidade). Se quisermos ser mais santos é necessário que haja uma maior manifestação ou revelação de Cristo em nós, e isso só se dá por graça. Importa que Cristo cresça e que o "eu" diminua, o que representa a "cruz diária", o "levando por toda parte o morrer de Jesus, para que a vida de Cristo se manifeste em nossos corpos mortais". É necessário que bebamos constantemente do "cálice da morte", o qual só encontramos na Palavra de Deus, e dEle nos apropriarmos pela fé que a nós é outorgada por graça, pela ação graciosa da Palavra e do Espírito. Eis o motivo da conclusão de Paulo em sua experiência antes indicada: "Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim" (II Coríntios 12:9-b). Note que Paulo diz "eu me gloriarei nas minhas fraquezas", não em "minhas forças", ou em "minha capacidade de realização", ou "minha inteligência", ou em "minha experiência". Alguém já disse que a glória de Paulo era não ter glória. Essa deve ser a glória de todo cristão, pois toda a glória pertence a Deus, quer admitamos ou não.
            Conforme o texto base, dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. Se "toda" a glória é dEle, como poderemos excluir de Deus a glória da santificação? Por intermédio do profeta Jeremias, Ele testifica: "Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado, declara o Senhor" (Jeremias 9: 23 e 24). Por isso, o ensinamento de Paulo: "Quem se gloriar, glorie-se no Senhor" (I Coríntios 1:31). 
__________
CONTINUA...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Para comentar, questionar, criticar, sinta-se à vontade!